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Helmut Marko, consultor da Red Bull, afirmou durante o fim de semana do GP da Malásia que a Pirelli, fornecedora única de pneus para a F1, havia se comprometido a mudar os compostos de 2013, pelo menos a partir da etapa do Bahrein. A equipe enfrentou problemas com o desgaste excessivo das borrachas nas duas primeiras provas do Mundial e vêm fazendo muitas criticas aos produtos da fábrica italiana.
Em entrevista ao diário espanhol ‘AS’, entretanto, Paul Hembery, diretor-esportivo da Pirelli, negou que a marca tenha se comprometido a mudar os compostos até a etapa do Bahrein e afirmou que qualquer alteração favoreceria uma única equipe. “Se o fizéssemos, favoreceríamos a uma única equipe, e a temporada acabaria em Monza”, avaliou.
Hembery ponderou também que os novos compostos têm recebido criticas de uma única equipe. “Eles têm um bom desempenho, e provavelmente gostariam de ter mais, mas tenho certeza de que as outras equipes também”, considerou. “Só temos uma equipe que nos critica. O resto disse não saber do que estavam falando”, destacou.
“Isso é a F1, todos tentam ganhar vantagem sobre o resto”, frisou Hembery. “Se tem todo o paddock contra, então tem de tomar alguma medida, mas se é um caso isolado, é algo que vai além do superficial. Nós acreditamos saber o que se passa, mas se fizermos algo para uma única equipe, teremos o resto contra.”
Stefano Domenicali, chefe da Ferrari, por exemplo, acredita que ainda é muito cedo para reclamar dos pneus, já que a F1 só esteve na Austrália e na Malásia até agora.
“Há uma reação exagerada por parte de algumas equipes em relação aos pneus”, opinou. “É melhor ir com calma, como tudo na vida. A Pirelli não pode mudar algo sem que tenha um acordo entre as equipes, a não ser que tenha um risco iminente de segurança. Não tem sentido entrar em pânico após duas corridas”, defendeu.
Por fim, o dirigente da Pirelli comentou que espera ter um novo acordo de fornecimento de pneus válido a partir da temporada 2014 “em breve”. “Temos um acordo com [Bernie] Ecclestone e esperamos que a FIA [Federação Internacional de Automobilismo] nos apoie”, encerrou Hembery.