Após ‘não’ da Mercedes, Ocon acerta com Renault e substitui Hülkenberg em 2020

Esteban Ocon está de casa nova. Anos após a Renault ter demonstrado interesse e não conseguir tirá-lo da Mercedes, agora o time francês aproveitou que a rival preferiu ficar com Valtteri Bottas e acertou com o piloto de 22 anos. Ocon será companheiro de Daniel Ricciardo

Acabaram as dúvidas quanto ao destino de Esteban Ocon na temporada 2020. Após a Mercedes definir nesta quinta-feira (29) a permanência de Valtteri Bottas pelo quarto ano seguido, Ocon chegou a um rápido acordo com a Renault. Na equipe, francesa como ele, o promissor piloto vai substituir Nico Hülkenberg e terá Daniel Ricciardo como companheiro. O acordo é válido por dois anos.

“Acima de tudo, fico orgulhoso por me tornar um piloto da Renault", disse Ocon. "Eu cresci em Enstone, começando com a Lotus em 2010 e depois com a Renault. Sou muito ligado à equipe e a todos que trabalham aqui. Eles abriram as portas para mim no automobilismo de alto nível. Também é um prazer que uma equipe com ambições tão grandes tenha confiado em mim e me dado a chance de demonstrar minhas habilidades no nível mais alto da F1. É uma responsabilidade que eu levo muito a sério. A confiança que eles tiveram em mim para ajudar no progresso da equipe é muito positiva e fico ansioso para dar meu melhor", seguiu.

 
Nos últimos dias, os rumores de que Esteban Ocon cortou seu vínculo com a Mercedes para ir para a Renault têm ganhado mais força. Durante o PADDOCK GP #174, os jornalistas opinaram sobre como a decisão do francês é bastante equivocada para sua carreira. ASSISTA
Esteban Ocon vai ser o novo piloto da Renault (Foto: Renault)
Aos 22 anos de idade — terá 23 no início da próxima temporada —, Ocon teve a carreira cuidada pela Mercedes desde 2015 e era visto como um futuro nome para alcançar o lugar na equipe principal. O jovem impressionou ainda na primeira metade de temporada dele na Fórmula 1, em 2016, na nanica Manor, sendo colocado lá pela própria Mercedes.

Tanto impressionou que pulou na frente do também pupilo da Mercedes, Pascal Wehrlein, em ganhar um lugar na Force India.

Durante os dois anos de Force India, competiu com Sergio Pérez e mostrou habilidade para se mostrar um nome não apenas viável, mas desejado por times rivais. No fim de 2018, após a maioria dos lugares estarem fechados, a Force India foi vendida para a Racing Point e, obviamente, trouxe a bordo Lance Stroll, filho do dono, e manteve um Pérez que ainda é parceiro comercial do time de Silverstone. Ocon ficou sem vaga, mas estava claro que era algo pontual.

 

O paddock passou a discutir se Esteban assumiria a vaga de Bottas em 2020, o que parecia cada vez mais possível quando o diretor-executivo da Mercedes, Toto Wolff, falou que tomaria a decisão em agosto e levaria em conta as etapas finais daquela parte do campeonato – nas quais Bottas foi mal. 

 
Mas, mesmo assim, a decisão foi em prol do #77 – que garante os pontos para a Mercedes assegurar títulos de Construtores e não incomoda Lewis Hamilton na briga dos Pilotos. O pentacampeão até participou da decisão.
 
A Renault, por outro lado, vive um 2019 decepcionante para o qual tinha altas expectativas com uma dupla forte de pilotos. E enquanto não dá o salto de qualidade que espera, joga peso demais na escolha e manutenção dos pilotos. Hülkenberg foi contratado como cabeça da operação para a temporada 2017 – passados três anos, não serve mais. Agora é hora de Cyril Abiteboul, chefe de equipe, se empolgar com o novo pupilo.

“O Esteban experimentou os altos e baixos da F1 ao longo da carreira e entende por completo a necessidade de aproveitar cada oportunidade possível", disse Abiteboul "Além de ceder seu talento natural, o objetivo do Esteban vai ser focar sua energia e pilotagem, coisas que se intensificaram após um ano sem correr. Ele mostrou habilidade de pontuar e é muito profissional dentro e fora da pista. Além disso, a experiência recente de piloto reserva da atual campeã mundial vai ser algo valioso para o desenvolvimento da nossa equipe", apontou.

 
Ocon terá essa responsabilidade agora, ao lado de um Ricciardo contratado a peso de ouro para 2019 e que também começa a ser pressionado enquanto a chefia mantém os postos de trabalho e planeja um futuro que está demorando a chegar. Nos últimos dias, a revista francesa 'Auto Hebdo' havia adiantado a notícia, confirmada na esteira da série de anúncios nesta quinta-feira.

A F1 retoma das férias de verão neste fim de semana e, no dia 1º de setembro, volta a acelerar com o GP da Bélgica. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.

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