Após reunião com FIA em Paris, Vettel escapa de nova punição por ‘briga’ com Hamilton no GP do Azerbaijão

A FIA se reuniu com Sebastian Vettel e a Ferrari nesta segunda-feira (3) para ouvir novamente o alemão sobre o comportamento durante o GP do Azerbaijão, quando bateu em Lewis Hamilton pouco antes da relargada. Após nova investigação, a entidade decidiu não punir novamente o tetracampeão

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Depois do comissários terem optado por um Stop & Go de 10s como punição a Sebastian Vettel pelo toque com Lewis Hamilton no GP do Azerbaijão, prova realizada há quase duas semanas, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu investigar novamente o caso, que ganhou enorme repercussão, já que o tetracampeão bateu de forma deliberada contra o inglês pouco antes da relargada da prova, logo após de ter tocado a traseira do carro do adversário, alegando que Lewis havia reduzido demais a velocidade.

Reunidos nesta segunda-feira (3), em Paris, o piloto e a Ferrari foram chamados para serem ouvidos pela entidade, que decidira avaliar se há sinais claros de que uma nova ação deveria ser tomada sobre o episódio. A manobra foi revista, e a decisão do órgão máximo do esporte a motor foi de manter  a punição já dada ao ferrarista em Baku e descartou qualquer penalização adicional. 

Só que a FIA usou o caso para dar um puxão de orelha no piloto, que hoje completa 30 anos. A entidade reavaliou os dados e o vídeo do incidente, optando por seguir com a opinião dos comissários da etapa azeri. Mas Vettel assumiu a responsabilidade pelo comportamento que teve e pediu desculpas à federação, também se desculpando publicamente.

"Durante a volta de reinício, eu me surpreendi com Lewis e bati na traseira de seu carro. Olhando novamente, não acredito que ele tenha tido más intenções. No calor da ação, eu exagerei e, portanto, quero pedir desculpas diretamente a Lewis, bem como a todas as pessoas que estavam vendo a corrida. Percebi que não estava dando um bom exemplo. Não tinha qualquer intenção de colocar Lewis em perigo, mas entendo que causei uma situação perigosa. Portanto, gostaria de pedir desculpas à FIA. Aceito e respeito as decisões tomadas hoje em Paris, bem como a punição imposta pelos comissários em Baku. Eu amo este esporte e estou determinado a representá-lo de uma forma que possa ser um exemplo para gerações futuras", escreveu Seb em seu site oficial.

Ainda, o presidente da FIA, Jean Todt, determinou que Vettel vai participar de eventos educativos para jovens pilotos de categorias de base do automobilismo e que está fora, até o fim do ano, de ações que promovam a segurança viária. 

Sebastian Vettel e Maurizio Arrivabene (Foto: AFP)

Confira o documento da FIA na íntegra:

Após o recente incidente do GP do Azerbaijão, envolvendo a colisão entre o carro #5 (Sebastian Vettel) e o carro #44 (Lewis Hamilton), Sebastian Vettel foi convidado a participar de uma reunião na sede da FIA, em Paris. Ele esteve acompanhado pelo diretor da Ferrari, Maurizio Arrivabene. Sebastian analisou o incidente juntamente com um painel composto pelo vice-presidente da FIA para o esporte, Graham Stoker, o secretário-geral, Peter Bayer, o diretor de prova da F1, Charlie Whiting, e o vice-diretor de corrida da F1 e diretor de segurança da FIA, Laurent Mekies.
 
Durante o GP do Azerbaijão, os comissários do evento aplicaram uma punição de 10s para Sebastian Vettel – a penalidade mais severa imediatamente aplicável antes da notificação de bandeira preta para o piloto. Sebastian também teve três pontos adicionados a sua licença, aumentando para nove o número de pontos.
 
No entanto, ao respeitar a decisão dos comissários, a FIA permaneceu profundamente preocupada com as implicações mais amplas do incidente. Em primeiro lugar através do impacto que tal comportamento pode ter nos fãs e jovens pilotos em todo o mundo e, em segundo lugar, devido ao dano que esse comportamento pode causar à imagem da FIA e do esporte.
 
Após uma discussão detalhada e um exame mais aprofundado de evidências de vídeo e dados relacionados ao incidente, Vettel admitiu a total responsabilidade.
 
Sebastian estendeu suas sinceras desculpas à FIA e ao esporte a motor. Além disso, comprometeu-se a dedicar tempo pessoal nos próximos 12 meses a atividades educacionais em vários campeonatos e eventos da FIA, inclusive na F2, na F3 Europeia e em campeonatos da F4, que serão escolhidos pelos comissários. Devido a este incidente, o presidente Jean Todt também determinou que Vettel não participe de nenhuma atividade para a segurança viária até o fim do ano.
 
A FIA aceita esse compromisso, as desculpas pessoais feitas por Vettel e sua promessa de tornar essa desculpa pública. A FIA também aceita que a Ferrari está alinhada com os valores e objetivos da FIA.
 
À luz desses novos acontecimentos, o presidente Jean Todt decidiu que, nessa ocasião, o assunto está encerrado.
 

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No entanto, ao notar a gravidade da infração e suas potenciais consequências negativas, o presidente deixa claro que, se houver repetição de tal comportamento, o assunto será imediatamente encaminhado ao Tribunal Internacional da FIA para uma investigação mais aprofundada.
 
Falando sobre o resultado da reunião, Todt disse: "O esporte em seu mais alto nível é um ambiente intenso em que os temperamentos podem dar um toque. No entanto, é o papel dos melhores esportistas lidar com essa pressão calmamente e de se comportar de uma maneira que não só respeite os regulamentos, mas que se adeque status elevado que eles desfrutam.”
 
"Os esportistas devem estar cientes do impacto que seu comportamento pode ter sobre aqueles que olham para eles. Eles são heróis e modelos de milhões de fãs em todo o mundo e devem agir de acordo”, finalizou.

Entenda o incidente

A mensagem de ‘safety-car in this lap’ é dada e faltam três curvas para que a corrida retome seu ritmo. Hamilton reduz a velocidade para que o carro guiado por Bernd Maylander abra uma vantagem que lhe permita acelerar a pleno sem se preocupar em encontrá-lo adiante – fato que quase aconteceu na relargada anterior e foi reportado pelo engenheiro de Lewis via rádio. Hamilton contorna à esquerda e Vettel bate na traseira da Mercedes, provocando levíssimo dano. O alemão reclama com as mãos, traz a Ferrari para a esquerda, emparelha com Hamilton e joga o carro para cima do rival.

 

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Os dois pilotos reclamam via rádio. Vettel alega categoricamente que houve um brake-test – ato em que o piloto que vem à frente repentinamente aciona o freio e pega quem vem atrás desprevenido. Hamilton relata à Mercedes o ocorrido. A corrida segue por breve momento até que a direção de prova aciona a bandeira vermelha pela quantidade de detritos no traçado.

 
Só depois que a corrida é restabelecida que o caso é devidamente investigado e tem sua sentença: apenas Vettel é punido com uma parada de 10 segundos nos pits por “manobra perigosa”. A explicação para a não punição de Hamilton é dada a posteriori, em que a FIA alega que não houve frenagem segundo os dados de telemetria da escuderia prateada. Naquele momento, no entanto, já se sabia que Lewis teria de parar nos boxes para trocar a proteção de cockpit que ameaçava escapar durante as retas e que o piloto tentava proteger segurando com uma das mãos.
 
Ainda com sangue quente, os dois pilotos agem como em uma briga colegial. De um lado, Hamilton fala em ato “desgraçado e nojento” e que “se Vettel quer provar que é macho, que mostre fora da pista”. Sebastian torna a acusar o novo rival de tê-lo bloqueado deliberadamente e que “a F1 é para adultos”.
POLÊMICA MOSTRA QUE VETTEL PISOU NA BOLA E HAMILTON FOI MALANDRO EM BAKU

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