Como foi a sexta-feira do GP de San Marino de 1994
7 destaques do GP da Espanha de MotoGP
7 destaques da corrida sprint da MotoGP na Espanha
5 destaques dos treinos da MotoGP na Espanha
Fórmula 1

Após reunião em Cingapura, equipes decidem por TL1 de duas horas e troca de pilotos durante sessão

Início das atividades de cada GP deve ganhar acréscimo de meia-hora e jogo extra de pneus. Rodízio de pilotos, no entanto, não faz parte dos planos das equipes grandes: "Não é atraente para times que lutam por vitórias", disse Ross Brawn, chefe da Mercedes

 
 
Uma reunião entre as 11 equipes da F1 durante o fim de semana do GP de Cingapura, 13ª etapa da temporada 2013 da categoria, selou o acordo que deve aumentar o tempo do primeiro treino livre de cada etapa já a partir do próximo campeonato. 
 
Ao invés dos habituais 90 minutos, o TL1 passa a contar com duas horas de duração. A Pirelli fornecerá aos times um jogo extra de pneus que devem ser utilizados somente durante a primeira meia-hora da sessão. Outra grande novidade seria a possibilidade de troca de pilotos ao longo dos 120 minutos, o que deve possibilitar aos novatos e pilotos pagantes a oportunidade de ganhar experiência, já que os testes seguem limitados.
 
No entanto, para Ross Brawn, chefe da Mercedes, utilizar quaisquer pilotos que não os titulares Lewis Hamilton e Nico Rosberg é algo inviável e está fora dos planos.
 
"Eu acho que nós ainda ficaremos com nossos pilotos titulares", explicou o dirigente britânico, ex-Benetton, Ferrari, Honda e Brawn GP. "Uma das principais mudanças é um jogo extra de pneus para os primeiros 30 minutos, o que eu acho que é uma boa jogada, e a possibilidade de trocar pilotos durante a sessão, o que, na verdade, não é fácil."
Treino livre 1 deve ter duas horas e rodízio de pilotos em 2014 (Foto: Carsten Horst/Hyset)
"Se você tem pilotos muito diferentes", prosseguiu, "não é uma coisa tão fácil. É factível, mas não é algo que estamos considerando, porque precisamos de todo o tempo de pista com nossos dois pilotos titulares e todo o tempo em que eles puderem ficar no carro."
 
"Acho que isso terá um ponto que será atraente para algumas equipes, mas, certamente, não para as equipes que estarão lutando por vitórias e campeonatos."
 
Martin Whitmarsh, chefe da McLaren, corroborou as palavras de Brawn e foi além: destacou que a medida pode acabar prejudicando seriamente os times menores. Nos primeiros treinos livres de cada GP, escuderias como Caterham e Marussia, habitualmente, cedem um cockpit a pilotos reservas e, principalmente, pagantes. O livre uso deste expediente pode provocar danos ao orçamento da turma do fundo do grid.
 
"Acho que do ponto de vista da McLaren, não é algo que necessariamente queremos fazer. Posso entender a visão de alguns, já que é muito difícil para pilotos jovens, há muito poucos testes e é uma forma de incentivá-los", reconheceu o inglês. "Mas, estranhamente, acho que isso vai jogar contra as equipes menores, porque no momento, elas têm uma única oportunidade de vender vaga no TL1, muitos fazem isso e é uma receita surpreendentemente importante para algumas dessas equipes."
 
"Se toda equipe tiver essa oportunidade, então os valores que alguns desses times menores são capazes de arrecadar serão reduzidos, então, estranhamente, provavelmente irá jogar contra eles. Nenhuma das grandes equipes faria isso, a menos que o regulamento realmente obrigue ou seja necessário que você tenha um jovem piloto, ou qualquer que seja a definição. Sinceramente, nossa perspectiva é trabalhar pensando em como você pode usar essa meia-hora para fazer testes aerodinâmicos", concluiu.