Após susto com protestos em 2012, Force India prega tranquilidade no retorno ao Bahrein

Em entrevista à revista britânica ‘Autosport’, Bob Fernley, chefe da Force India, admitiu a possibilidade de acontecer algum incidente no Bahrein neste fim de semana, mas afirmou que o clima na equipe é de tranquilidade. Em 2012, time teve problemas com uma bomba que explodiu ao lado de um carro com membros da escuderia indiana

Desde o início de 2011, o Bahrein convive com uma onda de manifestações por parte dos xiitas, que representam 70% da população do país, contra o regime do rei Hamad bin Isa Al-Khalifa. Embalados pela Primavera Árabe, os manifestantes barenitas cobram reformas políticas e sociais, mas os protestos, constantemente, têm sido reprimidos com violência pelas forças leais ao governo.
 
Apesar do clima instável, a F1 desembarca no país neste fim de semana para disputar a quarta etapa da temporada 2013. A visita da categoria, aliás, é também alvo de protestos, já que existem notícias de grupos ligados aos direitos humanos que afirmam que governo recorreu a prisões ilegais para poder evitar manifestações contra o regime próximas ao circuito de Sakhir. 
Force India não espera enfrentar problemas no Bahrein em 2013 (Foto: Getty Images)
Após problemas enfrentados no ano passado, quando um carro com integrantes da equipe ficou preso no meio de um protesto e uma bomba foi jogada ao lado do veículo, a Force India afirma que não tem nenhuma preocupação para a prova deste ano. Em entrevista à revista britânica ‘Autosport’, Bob Fernley, chefe do time, declarou que sabe que podem ocorrer incidentes, mas disse não esperar nenhum problema significativo. 
 
“Estamos sujeitos a incidentes, mas o que aconteceu conosco no ano passado foi apenas uma infelicidade e ganhou uma grande proporção”, afirmou Fernley. “Não vejo nenhum problema este ano”, resumiu. 
 
“Haverá alguma coisa, mas acho que será relativamente menor e tomara que não seja com a Force India”, torceu. 
 
A Sauber, que também testemunhou protestos no ano passado, adotou o mesmo discurso da colega indiana e não espera problemas neste fim de semana. Monisha Kaltenborn, chefe da equipe, afirmou que confia no julgamento da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e dos detentores dos direitos da categoria. 
 
“Nossa posição é exatamente a mesma do ano passado. É responsabilidade da FIA, nossa reguladora, e dos detentores dos direitos comerciais decidir se eles têm as condições ideais para que possamos correr lá”, afirmou Kaltenborn. “Ano passado, vimos que poderíamos questionar a cobertura da mídia que foi feita antes, já que não houve uma situação onde realmente sentíssemos que era errado estar lá”, apontou. “Então vamos para lá com uma perspectiva muito diferente”, encerrou. 
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