Aston Martin dá “receita” para evitar racha em relação com Alonso: “Carro competitivo”
Para Mike Krack, chefe da Aston Martin, a melhor maneira de evitar as já famosas reclamações de Fernando Alonso é produzir um carro que seja rápido e competitivo na F1
Depois de um grande momento na primeira metade da temporada 2023, quando conseguiu ir ao pódio com frequência, a Aston Martin voltou a cair em 2024 e não passou de um distante quinto lugar no Mundial de Construtores. Fernando Alonso, incomodado com a falta de ritmo, deixou escapar alguns incômodos aqui e ali, algo que já faz parte da carreira do espanhol há algum tempo na Fórmula 1. E Mike Krack, chefe do time inglês, explicou como evitar que a relação com o asturiano se desgaste nos próximos meses.
“A única receita é um carro rápido e competitivo. E vimos o melhor dele em 2023”, disse Krack ao RacingNews365. “Então, existe aquele extra que o piloto entrega, porque quando você tem um carro que não é competitivo, fica difícil para todos. Para os pilotos, é mais difícil ainda”, explicou.
“Para ser honesto, sinto muito por ele, porque os pilotos são os que ficam expostos. Principalmente um bicampeão mundial, depois de tantos anos lutando por vitórias. Agora, o sétimo lugar é um grande resultado. Isso deve ser difícil, espero que não passemos por essa situação [racha na relação]. Mas depende de nós”, afirmou.
Sobre o que esperar para o futuro, Krack prefere não fazer promessas. De acordo com ele, a própria equipe não tem conseguido entregar o que prometeu ao piloto, o que naturalmente gera dúvidas. Assim, o dirigente prefere entender a postura de Alonso.

“Garantia é algo que realmente não funciona mais, porque prometemos ao longo dos últimos 18 meses evoluções que não conseguimos entregar. Você precisa aceitar certo grau de dúvida do piloto, o que é normal. Precisamos de mais ações do que palavras”, destacou.
Krack ainda elogiou a contribuição de Fernando à equipe e diminuiu a importância de algumas reclamações feitas ao longo do ano. Segundo o chefe, deve ser difícil ser um bicampeão mundial e acabar ultrapassado por uma série de pilotos inferiores por não ter carro para disputar.
“Ele tem sido fantástico em equipe. Sim, há alguns comentários ocasionais e algumas frustrações, o que precisamos entender. Como quando ele é ultrapassado por pilotos que certamente não estão em seu nível. Isso é difícil para os pilotos. Se acontece uma ou duas vezes, você aceita. Mas 50 vezes, em corridas, sprints e classificações, a frustração cresce. É algo que precisamos ser transparentes sobre e honestos com o outro para tentar minimizar a queda”, finalizou o chefe da Aston Martin.
Com o ano encerrado, a Fórmula 1 retorna apenas para os testes de pré-temporada, agendados para acontecer no Bahrein entre os dias 26 e 28 de fevereiro.
Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

