Audi e Porsche definem prazo para entrada na F1 em 2026 e têm quatro equipes no radar

Audi e Porsche, empresas que fazem parte do Grupo Volkswagen, avaliam uma possível entrada na Fórmula 1 na esteira do novo regulamento de motores, em 2026. Segundo a revista Auto Motor und Sport, há o interesse de trabalhar em colaboração com quatro equipes do grid

WILLIAMS-AUDI E McLAREN-PORSCHE: É POSSÍVEL A PARTIR DE 2025-2026 NA F1?

Em pouco mais de um mês, Audi e Porsche vão definir se e como vão entrar na Fórmula 1 a partir de 2026. Tudo passa pela aprovação de um novo regulamento de motores, que vai ser votado em reunião do Conselho Mundial da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) no próximo dia 15 de dezembro. A partir daí é que as montadoras, que são parte do Grupo Volkswagen, vão definir se vão entrar no grid do Mundial e de que forma. A última informação diz que quatro equipes aparecem no radar do Grupo Volkswagen para uma eventual colaboração.

Segundo a revista alemã Auto Motor und Sport, há vários pontos de interrogação. O primeiro diz respeito ao envolvimento das próprias montadoras. Os CEOs de Audi, Porsche e do Grupo Volkswagen defendem a entrada das duas marcas no grid, em cenário muito semelhante ao que vai ser adotado para o desenvolvimento dos hipercarros para o Mundial de Endurance: a Audi já anunciou o retorno à categoria, enquanto a Porsche vai se unir à Penske em projeto com início previsto para 2023.

AUDI; PORSCHE; FÓRMULA 1;
15 de dezembro é o Dia D para Audi e Porsche na F1 (Foto: Reprodução)

A grande questão sobre os novos motores diz respeito ao MGU-H, componente da unidade de potência que converte gases de escape quentes em energia elétrica. Porém, trata-se uma peça complexa e de alto custo. A intenção é abandonar este conceito a partir de 2026, mantendo o motor V6, mas com combustíveis totalmente sustentáveis, buscando também reduzir os custos, já que seria inviável alcançar a neutralidade do consumo de carbono com o conceito atual de unidade de potência.

Outro ponto importante do novo conceito é o aumento da potência do MGU-K, fonte de energia cinética do motor. A ideia é fornecer 476 cv em vez dos atuais 163, tentando compensar a perda de performance evidente com a introdução dos combustíveis com 100% de neutralidade e a simplificação dos motores, o que também tornaria as baterias maiores.

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As montadoras atuais também relutam em criar um sistema de recuperação de energia no eixo dianteiro, mesmo sem a introdução da tração nas quatro rodas, algo que chegou a ser sugerido pela Volkswagen.

Se de fato o conglomerado alemão decida investir mesmo na Fórmula 1, outro grande ponto é sobre quais as equipes e qual o nível de parceria com cada uma delas Audi e Porsche teria a partir de 2026. De acordo com a publicação germânica, são quatro as escuderias com possibilidade de ter alguma ligação com as montadoras alemãs: McLaren, Red Bull, Williams e Sauber.

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A revista menciona o interesse da Audi em comprar a McLaren, seja a empresa como um todo ou ao menos a equipe de Fórmula 1. Já a Porsche tem o interesse em firmar uma aliança com a Red Bull nos mesmos moldes que a escuderia taurina tem hoje com a Honda, marca japonesa que se despede do Mundial ao fim desta temporada.

Entretanto, a escuderia de Woking, depois de um período recente de dificuldades econômicas, vem conseguindo se recuperar e mostra que não tem interesse numa eventual venda.

Já o interesse da Porsche na Red Bull diz muito também sobre o desenvolvimento da nova divisão de motores da marca dos energéticos, a Red Bull Powertrains, que vai construir as unidades motrizes da equipe a partir do ano que vem, no começo em parceria com a Honda. Uma vez que a empresa austríaca já terá o domínio da tecnologia, a Porsche enxergaria em tal aliança um ganho de tempo importante em termos de preparação antes da eventual entrada na Fórmula 1.

Mas a publicação também dá conta que Audi e Porsche, caso decidam entrar de vez no projeto da Fórmula 1, não vão partir necessariamente do zero. Isso porque o Grupo Volkswagen desenvolveu um protótipo de motor V6 turbo com a ideia de fazer uma aliança com a Red Bull. O propulsor foi testado no dinamômetro até 2016, mas o conselho de administração da empresa vetou a entrada no Mundial pouco antes de um acordo entre as duas partes.

A próxima etapa da temporada é especial porque vai marcar o retorno da Fórmula 1 ao Brasil depois de um ano de ausência. O GP de São Paulo acontece logo nesta semana, entre 12 e 14 de novembro, com cobertura ‘in loco’ do GRANDE PRÊMIO em Interlagos.

A confusão da largada no GP do México (Vídeo: Band)
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