Automóvel Clube da Itália diz que novo contrato de Monza com F1 para GP de 2020 “está distante”

O GP da Itália, com presença incerta na Fórmula 1 em 2020, promete negociações arrastadas antes de se assegurar no calendário. Sticchi Damiani, presidente do ACI [Automóvel Clube da Itália], afirmou que um novo contrato “está distante” por conta de discussões sobre o valor a ser pago pelo autódromo de Monza para a categoria nos próximos anos.

 

A questão é que o ACI já não concorda com os valores do contrato atual – 24 milhões de dólares, ou 87 milhões de reais, para receber a F1 em 2018. O descontentamento significa ir à mesa de negociações com o Liberty Media, grupo que gere a categoria.

 

“A renovação está distante, mas temos confiança de que uma solução pode ser encontrada de acordo com os interesses de todos. Monza tem interesse em receber a F1, assim como é importante para a F1 ter Monza”, disse Damiani, entrevistado pelo jornal ‘Corriere della Sera’.

“Para a edição de 2019 [do GP da Itália], vamos pagar 24 milhões de dólares. Isso é um valor muito alto. Nós queremos continuar, mas em uma situação economicamente sustentável. Não podemos colocar o orçamento do ACI em risco”, seguiu.

 

De acordo com o jornal, a proposta inicial do Liberty Media é um contrato de cinco anos, de 2020 a 2024, com o pagamento total de 122,5 milhões de euros – 510 milhões de reais. Isso significa que, usando os valores na moeda brasileira, o valor por ano passaria dos atuais 87 milhões para uma média de 102 milhões por cada um dos cinco anos.

 

A organização do GP da Itália é uma das que assinou o comunicado da FOPA [Associação de Promotores da Fórmula 1]. O grupo se queixou da postura do Liberty Media frente à categoria, pedindo uma “abordagem colaborativa” da parte da gestão de Chase Carey.