Bicampeão Häkkinen descreve Alonso como “fantástico, mas às vezes negativo” e pede paciência em novo ciclo da McLaren

Em um tour por alguns veículos de imprensa da Espanha às vésperas da quinta etapa do Mundial de F1, Mika Häkkinen falou sobre outro bicampeão, Fernando Alonso, neste seu retorno à McLaren, time pelo qual o finlandês fez história no fim dos anos 90. O nórdico pediu paciência e tempo para o piloto de Oviedo trabalhar e retomar o caminho das vitórias na F1

Campeão mundial de F1 em 1998 e 1999, Mika Häkkinen fez parte de uma das últimas eras vencedoras do time de Woking na categoria. O finlandês, hoje com 46 anos, encerrou sua carreira em 2001, mesmo ano da estreia de outro piloto que rapidamente estaria entre os grandes na F1: Fernando Alonso. E foi justamente sobre o espanhol bicampeão do mundo que Mika falou durante visita ao diário ‘AS’ em Madri, às vésperas do GP da Espanha, quinta etapa da temporada 2015, que acontece no próximo domingo (10) no circuito de Barcelona.

Tema central da entrevista ao jornal da capital espanhola, Alonso foi definido por Häkkinen como “fantástico, um grande piloto que sempre leva o carro ao limite, mas às vezes é negativo”, um pouco na linha do que Felipe Massa disse na semana passada. Entretanto, Mika pediu tempo para que Fernando possa trabalhar em conjunto com McLaren e Honda para voltar a vencer. O finlandês deu a entender também que a negatividade citada tem mais a ver com sua personalidade do que com sua postura como piloto.

Bicampeão Häkkinen falou sobre Alonso e pediu tempo para o espanhol trabalhar no seu retorno à McLaren (Foto: Samuel Aranda / Getty Images)

“Nada na sua carreira é negativo. Ele é um piloto incrível, muito bom. Fora da pista, está mais preocupado com o que acontece com o carro, de dizer se o carro está bom ou ruim. Isso acontece quando você fica muito tempo sem vencer”, declarou o ex-piloto, que pediu paciência nesta nova fase do espanhol. “É preciso ser paciente, não é fácil quando você chega a um projeto novo. E voltar a ganhar pode ser coisa de um ano ou dois… na verdade, não me atrevo a dizer o quanto”, se esquivou.

Semanas atrás, Häkkinen colocou em xeque a motivação de Alonso por ter de andar no fim do grid e ficar longe das vitórias. Desta vez, ao ser questionado se Fernando errou ao deixar a Ferrari, que hoje vive em grande fase e cada vez mais próxima à Mercedes, e voltar à McLaren, foi de fato um erro, o tom foi mais ameno.

“É compreensível que agora as pessoas digam que foi um erro, mas é preciso julgar isso em longo prazo. Fernando ajudou a Ferrari a chegar onde está agora porque trabalhou muito bem com eles, mas não é justo fazer esse tipo de comentário se errou ou não. Não sei se cometeu um erro. Agora ele deve tentar encontrar as soluções na McLaren, trabalhar em conjunto com os engenheiros, mecânicos, com todos para chegar aonde querem. A Honda oferece muita confiança, é uma grande fábrica, e chegar aonde quer requer tempo. E a grande pergunta é: quanto tempo? Agora, sem poder testar, é muito difícil evoluir o carro, tudo isso pode ser muito frustrante para todos, ao menos até que se consiga isso”, ponderou.

Por fim, Häkkinen voltou a falar sobre a motivação de Alonso. “Fernando está há muito tempo na F1, e o mais importante é manter a concentração, a motivação necessária para seguir no nível em que ele esteve nesses momentos. Mas claro que é complicado, deve ser duro para ele seguir focado em vencer e permanecer em um nível como o atual. Não sabemos quantos anos mais Alonso pode esperar”, concluiu.

A HISTÓRIA NA ESPANHA

No próximo fim de semana, Barcelona receberá o 45º GP da Espanha na história da F1 

Trata-se de uma corrida marcada por alguns dos acontecimentos mais impactantes do esporte a motor. A Ferrari é a maior vencedora e detém 12 triunfos em terras ibéricas, enquanto Michael Schumacher — quase sempre ele — lidera o topo da lista dos pilotos que mais vezes chegaram ao topo do pódio. E tem duelos incríveis protagonizados por Ayrton Senna e Nigel Mansell

MUDANÇA DE CARRO 

Enquanto trabalha dia após dia para recolocar a McLaren no caminho das vitórias, Fernando Alonso teve a chance de guiar um carro histórico da escuderia. O bicampeão do mundo completou algumas voltas no circuito de Barcelona, palco do GP da Espanha no próximo domingo, com o mítico McLaren-Honda MP4-4, bólido com o qual Ayrton Senna venceu, em 1988, o primeiro de três títulos mundiais na categoria. O filme publicitário foi apresentado pela TAG Heuer, fabricante de relógios

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