Brawn, chefe da Mercedes, assume responsabilidade por teste secreto com Pirelli: "A decisão foi minha"

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Como era de se esperar, o assunto principal da coletiva de imprensa da FIA em Montreal, nesta sexta-feira (7), que contou com a presença dos chefes de Mercedes, Ferrari, Red Bull e Sauber, foi o teste secreto realizado pela Pirelli em conjunto com a equipe da estrela de três pontas. E Ross Brawn respondeu as perguntas dos jornalistas sobre o polêmico treino, afirmando que foi sua a decisão de participar da atividade extra em Barcelona, logo depois do GP espanhol, em maio.

O engenheiro inglês, entretanto, preferiu minimizar as questões relativas ao seu futuro à frente da Mercedes, especialmente caso a equipe seja punida pelo Tribunal Internacional da FIA. A equipe de Brackley vai enfrentar uma audiência disciplinar no final deste mês para responder às acusações de que pode ter violado o Regulamento Esportivo da F1 por conta do treino na Catalunha, onde testou com o atual carro e os dois pilotos titulares.

Ross Brawn assumiu a responsabilidade pelo teste da Mercedes com a Pirelli (Foto: Getty Images)

Depois de rumores durante a pré-temporada que colocaram em dúvida a posição de Brawn na Mercedes por conta das mudanças na cúpula da equipe, agora as especulações já falam que a montadora de Stuttgart pode afastá-lo mais cedo em caso de punição.

"Eu acho que já ouvimos alguns rumores antes e nada aconteceu", disse o britânico, durante a conferência de imprensa. "A decisão de fazer o teste foi minha, e isso é um fato, e vamos ver o que acontece no tribunal e seguir em frente a partir daí", completou.

Brawn também optou por não dar muitos detalhes da razão pela qual a Mercedes entendeu que era possível fazer o teste com o carro de 2013 e afirmou que está ansioso para esclarecer o episódio diante da FIA. "Não diria que está tudo bem neste momento, mas, de novo, eu estou tranquilo e confiante de que, quando estivermos no tribunal, os fatos serão esclarecidos e, então, as pessoas poderão julgar da melhor forma", explicou.

Quando perguntado se poderia explicar a orientação da FIA sobre o uso do carro de 2013, o engenheiro minimizou o assunto. "Acho que não teríamos feito o teste se a Pirelli não acreditasse que poderíamos fazê-lo. Quando formos ao tribunal, vocês terão suas respostas" , disse. 

Por último, Brawn declarou ainda que não acredita que o teste foi secreto, embora as informações sobre o treino não tenham sido compartilhadas com as demais equipes e que a notícia sobre a atividade só veio à tona durante a reunião dos pilotos com a FIA, em Mônaco."Foi um teste privado, mas não secreto. Integridade esportiva é importante para nós, é importante para a Mercedes e, quando os fatos se tornarem claros, as pessoas vão poder julgar melhor a situação", completou.

Paul Hembery, diretor de competições da Pirelli, estava escalado para a mesma coletiva desta tarde, mas não compareceu por orientação dos advogados da fornecedora italiana.

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