Sainz avalia mudanças para F1 2026 e questiona regulamento “um pouco exagerado”

Carlos Sainz citou quais mudanças devem acontecer e afirmou que o novo regulamento da Fórmula 1 "parece extremo". O espanhol também lamentou a possibilidade de o grid se distanciar mais uma vez em 2026

Depois de Max Verstappen, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, Nico Hülkenberg, Toto Wolff, Zak Brown, Christian Horner e outros nomes da Fórmula 1 já terem se manifestado sobre o novo regulamento que entra em vigor em 2026, agora foi a vez de Carlos Sainz. De acordo com o espanhol, as mudanças estabelecidas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) são “exageradas”.

No início de junho, a entidade máxima do esporte a motor publicou o conjunto de regras para a próxima geração de carros. Daqui a menos de dois anos, os modelos vão se tornar mais curtos, estreitos e mais leves com o objetivo de melhorar a eficiência e a capacidade de gerenciamento. Quanto aos novos motores, ficou determinado que os mesmos continuarão sendo turbo híbrido V6, mas com ajustes fundamentais para ampliar a noção de sustentabilidade e a redução dos custos.

“Pelo que vejo, parece um pouco exagerado o que estamos tentando fazer em 2026 — em relação a tudo: unidade de potência, aerodinâmica, etc.”, disse Sainz. “Estamos tentando brincar um pouco demais e manipular o downforce aqui e ali, 50% híbrido e motor de combustão. Não sei. Parece extremo”, continuou.

No entanto, o piloto da Ferrari citou a entrada da Audi e a escolha da Honda em permanecer na categoria — embora não mais com a Red Bull, mas, sim, com a Aston Martin — como bons sinais de que, talvez, a F1 esteja realmente no caminho certo. “Mas se a Audi foi atraída como fabricante e a Honda considerou ficar, então isso também é bom”, celebrou.

Carlos Sainz questionou as mudanças nos carros para 2026 (Foto: Ferrari)

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Desde que o atual conjunto de regras passou a vigorar, em 2022, somente agora a classe rainha vive um momento de maior equilíbrio, com quatro times sonhando com o título do Mundial de Construtores. O temor de muitos fãs é de que em 2026 isso acabe e uma nova equipe consiga dar o ‘pulo do gato’ para sair na frente das rivais, aumentando as chances de surgir uma nova era de domínio na F1, assim como foi com a Mercedes na década passada e, mais recentemente, Red Bull.

“Acho que não é segredo que naturalmente o grid vai se distanciar mais uma vez se trouxermos uma unidade de potência completamente diferente, bem como aerodinâmica, pneus, peso e conceito de carros diferentes”, apontou Sainz.

“Ao mesmo tempo, eles também parecem ter apertado as regras para garantir que nenhuma equipe faça nada de especial. Mas dissemos a mesma coisa sobre 2022 — e veja o que aconteceu”, observou o #55, referindo-se ao domínio de Verstappen e sua equipe. “Eles parecem continuar tentando fazer isso para ver se funciona. Mas não sei…”, finalizou.

Ainda que esteja pilotando pela equipe comandada por Frédéric Vasseur, Carlos terá de abrir caminho para Lewis Hamilton a partir do ano que vem, já que o heptacampeão deixa a Mercedes para competir ao lado de Charles Leclerc. O madrilenho, por sua vez, foi convencido pelo projeto de James Vowles e vestirá as cores da Williams nos próximos anos, inclusive sob as novas regras.

Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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