Sainz vê Ferrari “em progresso” com Binotto e diz: “Roma não foi construída em um dia”

Carlos Sainz citou evolução da Ferrari sob comando de Mattia Binotto e disse que equipe precisa melhorar execução de corrida e estratégias para bater Red Bull em 2023

Os rumores de que Ferrari e Mattia Binotto estariam prestes a trilhar caminhos diferentes em 2023 obviamente reverberam nos pilotos da equipe, mas Carlos Sainz preferiu se abster de longos comentários sobre o tema. Ao ser questionado se preferia uma mudança no comando da equipe ou a estabilidade de ter o mesmo chefe no ano que vem, o espanhol disse que “Roma não foi construída em um dia” e disse ver o time italiano em evolução.

“Não vou falar sobre o que eu prefiro ou deixo de preferir. Eu apenas sei que, por experiência própria, Roma não foi construída em um dia — e você precisa levar em consideração de onde estamos vindo”, pontuou Sainz ao portal inglês Sky Sports. “Se você observar o progresso que fizemos nas últimas duas temporadas, é enorme, e o time está trabalhando bem”, salientou.

Na visão do piloto espanhol, o problema da Ferrari não passa pela falta de autocrítica. Sainz explicou que a cultura da equipe evita que membros se culpem publicamente, mas garantiu que a pressão é forte dentro dos bastidores. Para Carlos, a falta de desenvolvimento do carro foi um fator primordial para a queda de ritmo ao longo do ano.

“Somos muito críticos entre portas fechadas”, destacou. “Em relação ao público, provavelmente somos protetores uns com os outros e temos aquela cultura de não apontar o dedo. Dentro disso, obviamente queremos proteger todo mundo. Acho que estamos fazendo um grande trabalho, mas é verdade que cometemos muitos erros esse ano e queremos ser melhores como equipe”, admitiu.

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Sainz terminou a temporada 2022 da Fórmula 1 em quinto, com 246 pontos somados (Foto: AFP)

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“Mas como eu disse, isso não surge de um ano para o outro, precisamos continuar melhorando”, avaliou. “Acho que durante a segunda metade da temporada, fomos um pouco melhores em tudo. Simplesmente não desenvolvemos [o carro] o suficiente”, observou.

Sobre o que a Ferrari precisa melhorar para desafiar a Red Bull em 2023, Sainz dividiu a resposta em dois pontos. O primeiro, para ele, é a execução das corridas — e o foco para não cometer os erros bizarros de 2022. Por fim, Carlos explicou que a segunda necessidade seria melhorar o planejamento estratégico das provas, item no qual o time italiano passou longe da eficiência taurina na última temporada.

“Acho que é muito simples. Precisamos ser melhores nas execuções de corrida. Esse ano, tivemos um problema no carro que não nos permitia começar bem”, revelou. “Eu tive um problema na marcha durante todo o fim de semana em Abu Dhabi, e isso me custou uma posição a Lewis [Hamilton]. Isso significou cinco, seis segundos perdidos em tempo de corrida depois daquela batalha maluca que tivemos”, reclamou.

“O segundo ponto, obviamente, é a estratégia”, destacou. “E ter os objetivos certos e os pneus certos nos carros aos domingos. Isso é algo que estamos trabalhando para o ano que vem, e ainda há o desenvolvimento. Se quisermos bater Mercedes e Red Bull, precisamos desenvolver mais o carro do que eles”, finalizou.

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