CEO da F1 rechaça preocupação com falta de competitividade em 2026: “É sempre assim”
Ainda que tenha reconhecido que alguma equipe pode começar a nova fase da Fórmula 1 à frente das demais, Stefano Domenicali deixou claro que o grid rapidamente se aproximará após a introdução do regulamento de 2026
Ao mesmo tempo em que os entusiastas estão ansiosos para ver um campeonato que tem tudo para ser competitivo na Fórmula 1 em 2025, as expectativas para o próximo ano são menores, já que a chegada de um novo regulamento pode abrir mais uma vez um novo ciclo de domínio de uma determinada equipe. CEO da categoria, Stefano Domenicali, por sua vez, afirmou que “não está preocupado” com essa questão, pois acredita que as mudanças vão fazer todo o grid se aproximar rapidamente.
Em junho do ano passado, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) publicou o conjunto de regras para a próxima geração de carros. Daqui a pouco menos de um ano, os modelos vão se tornar mais curtos, estreitos e mais leves com o objetivo de melhorar a eficiência e a capacidade de gerenciamento. Quanto aos novos motores, ficou determinado que os mesmos continuarão sendo turbo híbrido V6, mas com ajustes fundamentais para ampliar a noção de sustentabilidade e a redução dos custos.
Para citar apenas casos mais recentes, a Mercedes foi a equipe que mais soube lidar com a grande mudança nas unidades de potência a partir de 2014 e conquistou o Mundial de Construtores em oito oportunidades. Em 2022, quando o efeito-solo retornou à categoria por causa do atual regulamento, a Red Bull foi o time que saiu na frente e dominou nos primeiros dois anos — principalmente em 2023, quando os taurinos venceram nada menos que 21 das 22 etapas que foram disputadas.
“Quando há um novo regulamento, é sempre assim. Não me esqueço de que, quando foi introduzido o regulamento de 2022, as equipes reclamavam que os carros seriam 6s mais lentos. Chegamos, em quatro anos, a uma convergência muito forte”, disse Domenicali em entrevista ao semanário italiano Autosprint. “Agora começamos com um regulamento diferente, com muitos novos desafios e diversas coisas a ajustar. No começo, não teremos esse tipo de diferença, seria surreal pensar assim. Mas, pelo modo como foi pensado o regulamento da F1 2026, a convergência virá”, continuou.

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Ao contrário da maioria das pessoas que acompanha a classe rainha, o dirigente rechaçou qualquer tipo de preocupação com a falta de competitividade e citou a chegada de novas montadoras, deixando claro que as mudanças implementadas estão ajudando no crescimento do esporte.
“Não estou preocupado. Existem muitos temas que serão desenvolvidos. É normal que, do ponto de vista das equipes, haja uma abordagem conservadora. Vários novos fabricantes estão chegando, favorecidos por essas mudanças tecnológicas, que servem para manter a tensão evolutiva e positiva de quem vê na nossa fórmula uma plataforma de desenvolvimento para o futuro. É preciso olhar o quadro como um todo e não os detalhes. Devemos pensar grande”, concluiu.
A F1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

