Chefão afirma que novos carros estão “muito à frente” dos “terríveis” Fórmula 1 de 2021

Um dos responsáveis pela criação do novo regulamento, Ross Brawn, diretor-técnico, revelou que espera por resultados interessantes na F1 em 2022

MERCEDES APRESENTA W13, CARRO PARA A TEMPORADA 2022 DA FÓRMULA 1 | React

A partir do dia 18 de março, no Bahrein, quando a luz verde acender para o início do primeiro treino livre da temporada 2022, uma nova era vai iniciar na Fórmula 1. O regulamento revolucionário, que alterou bruscamente a concepção dos carros e tem como objetivo equilibrar as forças, já será colocado à prova. E quem também estará nos centros das atenções é Ross Brawn, diretor esportivo da categoria, que, ao lado de Pat Symonds, diretor técnico, é um dos responsáveis pela mudança no conceito técnico.

E às vésperas do início da nova temporada, o inglês de 67 anos se mostrou otimista com os modelos já lançados, mas acredita que o novo regulamento vai demorar um pouco mais para surtir o efeito esperado.

“Vai demorar um pouco, mas acho que estaremos em um lugar muito melhor daqui por diante com o tipo de carro que temos”, disse Brawn, em entrevista coletiva publicada pela TV inglesa Sky Sports. “Estou muito otimista para a temporada e acho que vamos ver alguns resultados interessantes”, acrescentou.

Em 2017, Brawn deixou a aposentadoria para assumir a função como principal nome no setor esportivo da F1, logo após o início da gestão da Liberty Media. Desde então, o engenheiro ficou como responsável por liderar uma equipe que tinha como principal meta desenvolver carros que possibilitassem mais ultrapassagens e maior equilíbrio. A possível solução foi encontrada e divulgada de maneira oficial durante o GP de Silverstone, no ano passado.

Ross Brawn está otimista sobre performance do novo carro da F1 (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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Apesar do real desempenho nas pistas ainda ser uma incógnita, o diretor esportivo acredita que durante o andamento da temporada, quando as equipes terão mais dados para desenvolver o novo carro, a performance no quesito pressão aerodinâmica vai gerar uma melhor perseguição entre os pilotos e mais chances ultrapassagens em comparação o que foi apresentado nos últimos anos.

“Estamos muito à frente de onde estávamos porque os carros [anteriores] eram terríveis”, começou. “Mesmo que sejamos 5% piores [do que esperávamos], vamos estar muito à frente dos antigos carros”, exaltou.

Com a possibilidade de uma disputa mais equilibrada nas pistas, Brawn avaliou que as equipes do meio do pelotão, como Ferrari e McLaren, vão se aproximar de Mercedes e Red Bull, que protagonizaram uma disputa acirrada na última temporada, mas tiveram que dividir esforços devido à busca pelo Campeonato Mundial.

“Acho que veremos algumas equipes do meio do pelotão desafiando, então teremos um grupo maior de equipes competitivas. No ano passado, sempre esperávamos que uma Mercedes ou uma Red Bull vencesse, e menos que algo diferente acontecesse”, afirmou.

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Além de confiar no sucesso do novo regulamento esportivo, o engenheiro destacou a talentosa geração que compõe o grid da F1. “Somos abençoados com vários grandes pilotos na Fórmula 1. Lando Norris, os pilotos da Ferrari [Charles Leclerc e Carlos Sainz], temos George Russell na Mercedes. Acho que há várias combinações de pilotos que nos vão dar uma temporada fantástica. E, se houver três ou quatro deles na disputa, melhor ainda”, elogiou o britânico.

Ferrari lançou a F1-75 nessa quinta-feira (Foto: Ferrari)

Ainda questionado se a ferrenha disputa entre Mercedes e Red Bull pode prejudicar a performance das duas no início da temporada, Brawn suspeita que o cenário de 2022 pode ser o mesmo de 2009, quando Ferrari e McLaren encontraram dificuldades devido à dura briga pelo título na temporada anterior. “Em 2008, houve uma grande batalha entre as grandes equipes e elas caíram de cara em 2009”, recordou.

Essas questões vão começar a se tornar certezas a partir do 20 de março, durante o GP do Bahrein, primeira etapa da tão aguardada temporada 2022 da F1.

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