Em 2018, A Ferrari perdeu a chance mais real de voltar ao topo da F1 nos últimos tempos. Durante boa parte da temporada, Sebastian Vettel deu a pinta de que finalmente quebraria o jejum de mais de dez anos sem título para Maranello, liderando o Mundial de Pilotos até o GP da Alemanha. A prova em Hockenheim, marcada por um erro cometido pelo alemão, representou o divisor de águas e marcou o início da arrancada de Lewis Hamilton rumo ao pentacampeonato, sacramentado no México.
Já foram quatro temporadas de Vettel como piloto da Ferrari. Contudo, Maurizio Arrivabene acredita que o tetracampeão ainda não mostrou tudo o que é capaz de fazer neste período. E cobrou não apenas seu piloto, mas também a equipe, exortando-a a entregar as melhores condições para que Seb finalmente ajude a Ferrari a superar a Mercedes.
“Talvez lhe demos cotoveladas para se defender melhor quando tiver de lutar contra os seus oponentes”, brincou o chefe da Ferrari durante festa de premiação promovida pela revista italiana ‘Autosprint’.
Vettel ainda não chegou ao seu máximo como piloto da Ferrari, diz Arrivabene (Foto: Ferrari)
“Seb é nosso piloto, seus objetivos são os mesmos que toda a equipe espera alcançar. Ele é um cara que ainda tem de dar sua melhor versão ao volante de uma Ferrari, mas a equipe deve poder criar as condições ideais para permitir que ele dê o melhor de si. Se for assim, com esse algo extra que Seb pode dar, com certeza vai ser incrível”, explicou.
Na mesma premiação, Arrivabene mostrou preocupação com o novo titular da equipe, o jovem Charles Leclerc, que chega à Ferrari apenas na sua segunda temporada como piloto do grid da F1.
“Charles tem talento e já demonstrou que é um piloto forte, mas você deve proteger e garantir que ele não vai se queimar com a atenção tão grande que a Ferrari proporciona. Seu objetivo vai ser se integrar à equipe e aproveitar a presença de um piloto como Sebastian Vettel nos boxes para crescer”, disse.
Por fim, o dirigente contou que já chegou a ver o novo carro, ainda em fase de construção, mas lembrou que ainda é muito cedo para saber o que o modelo vai poder render em 2019.
“Já vi o modelo, mas foram apenas duas semanas. Vários componentes estão em fase de produção, mas algumas peças básicas na performance vão ser construídas com o tempo justo para chegar aos testes em Barcelona”, comentou Maurizio, ressaltando o empenho dos profissionais de Maranello no projeto do novo carro.
“Os engenheiros, como de costume, passam o máximo possível de tempo. Por enquanto, temos os dados das simulações, mas para esperar onde estaremos temos de esperar os testes de Barcelona”, complementou.