Chefão da Fórmula 1, Chase Carey disse que gostaria de ver Lewis Hamilton correr "para sempre" no Mundial, mas que está mais animado com o desafio que o hexacampeão vai enfrentar ao encarar os jovens talentos do grid, como Max Verstappen e Charles Leclerc.
Hamilton se tornou hexacampeão nesta temporada e agora está cada vez mais perto do recorde de sete títulos mundiais de Michael Schumacher. Em termos de vitórias, o inglês está a apenas sete do número do alemão, que detém 91 triunfos na F1. Ninguém venceu mais do que o heptacampeão na história. Ainda assim, Carey entende que, embora o piloto da Mercedes seja um enorme trunfo da F1 e uma personalidade que transcende o esporte, há um grande potencial para embates épicos entre Hamilton e nova geração.
"Espero que Lewis corra para sempre", afirmou o dirigente. "Obviamente, ele é um campeão incrível, seu sucesso fala por si e o esporte é construído por heróis. Ele é um herói inigualável em nosso esporte, espero que ele corra para sempre. Sei que isso não vai acontecer, claro, mas ele tem desafios interessantes pela frente e gostaríamos muito de vê-lo enfrentar esses obstáculos", completou.
Chase Carey e Lewis Hamilton durante o GP do Canadá de F1 (Foto: LAT Photo)
"Mas nesta temporada, em particular, tivemos uma grande variedade de jovens talentosos e promissores. Certamente, não tenho o cargo de Jean (Todt, presidente da FIA) e de outros para dizer, mas é incrível a qualidade do talento que vem chegando ao esporte, como Max, por exemplo. Ele já está na F1 há alguns anos e, às vezes, nos esquecemos o quão jovem ele é, mas há ainda Charles, Lando Norris e outros. Parece que temos um grande futuro pela frente, e espero que todos tenham a chance de lutar contra Lewis", emendou o norte-americano.
Carey também acredita que a linha de ascensão que a FIA criou, com a F4, F3 e F2 vai ajudar a promover novos competidores para a F1. "É por isso que trabalhamos muito para criar uma pirâmide adequada para a Fórmula 3 e a Fórmula 2. Quando chegamos, havia a GP2, a Fórmula 3, a GP3 – tínhamos uma espécie de corridas fragmentadas, não bem coordenadas, que alimentavam a Fórmula 1", explicou.
“Tentamos criar uma pirâmide adequada. Queremos tentar fortalecer essa pirâmide e garantir que ela proporcione oportunidade para os pilotos emergirem, se tornarem campeões e continuarem a competir, mas também para jovens pilotos entrarem nela. Não consigo pensar em um ano que tenha mais talentos chegando ao esporte comoo esse", concluiu.
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