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A inesperada saída de James Allison do importantíssimo posto de diretor-técnico foi mais um capítulo da crise vivida pela Ferrari em 2016. A equipe italiana, após 12 corridas, ainda não venceu na temporada e fechou a primeira parte do campeonato 14 pontos atrás da Red Bull. Um desastre para quem começou o ano sonhando em superar a Mercedes e lutar por vitórias e até por títulos.
A queda de rendimento foi notada a partir do GP da Espanha, e aí entram dois fatores: a chegada de Max Verstappen à Red Bull e também o avanço pouco considerável em termos de downforce desde então. Deste período em diante, os taurinos marcaram 199 dos seus 256 pontos na temporada, enquanto a Ferrari não passou dos 166 neste mesmo período.
Maurizio Arrivabene garantiu que não há pânico após a saída de Allison(Foto: Getty Images)
Mas Maurizio Arrivabene preferiu evitar falar sobre a saída do engenheiro britânico. Segundo rumores no paddock, Allison deixou a Ferrari por conta de divergências com o presidente da escuderia, Sergio Marchionne. O chefe da equipe de Maranello preferiu se esquivar ao falar sobre o agora ex-diretor-técnico, substituído provisoriamente por Mattia Binotto, que trabalhou na divisão de motores da Ferrari.
Contudo, Arrivabene garantiu que não há motivos para desespero. “Por motivos pessoais, não quero falar sobre James. Nos reorganizamos sem pânico porque sabemos exatamente o que temos de fazer. E sabemos exatamente as áreas do carro que temos de melhorar”, comentou o dirigente durante entrevista coletiva em Hockenheim, palco do GP da Alemanha, no último domingo.
“Desde Barcelona avançamos muito pouco quanto à carga aerodinâmica, o motor não é minha principal preocupação. Agora o trabalho vai fazer uma pausa durante as férias de verão, mas logo vamos ter de avançar a toda velocidade”, acrescentou Arrivabene.
Mas na visão de Niki Lauda, presidente não-executivo da rival Mercedes, a saída de Allison do posto de diretor-técnico da Ferrari é bastante séria. “No meio da temporada, uma mudança deste naipe não é uma boa notícia e só traz confusão e debate, em particular dentro da Ferrari”, comentou o tricampeão do mundo e hoje dirigente ao jornal alemão ‘Die Welt’.
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