Chefe da Haas vê efeito do ‘nome’ dos pilotos da F1 sobre punições: “Quem você é conta”

Para Guenther Steiner, chefe da Haas, a influência de um piloto afeta a tomada de decisões durante investigações de comissários na F1. Após um fim de semana na Hungria em que Max Verstappen não foi punido por prejudicar uma volta rápida de Romain Grosjean, o dirigente mostrou desagrado com a consistência das punições.

 

Steiner dá a entender que pilotos de ponta têm mais facilidade para escapar de punições – além do caso de Verstappen, Lewis Hamilton também foi investigado por atrapalhar Grosjean no GP da Inglaterra de 2017, também escapando sem punições. Enquanto isso, Romain e o companheiro Kevin Magnussen lidam com punições mais frequentemente.

 

“É fácil culpar a gente”, disse Steiner, entrevistado pelo ‘Motorsport.com’. “Algumas vezes nós não nos ajudamos e ficamos em situações ruins, em que você arrisca uma punição, mas uma decisão sempre precisa ser tomada. Acho que quem você é conta para o resultado, e isso tudo deveria acontecer sem pensar no nome. Não tenho evidências e não tenho como provar [que isso acontece], mas talvez seja assim”, ponderou.

Questionado sobre as visões de Steiner, o diretor de corridas da FIA Charlie Whiting descartou que certos pilotos sejam favorecidos ou prejudicados intencionalmente.

 

“Se um piloto tem 9 pontos na carteira, isso não deveria influenciar a decisão dos comissários. Se eles pensam que não deveria aplicar 3 pontos porque isso tiraria um piloto de uma corrida, isso não deveria ser considerar. Se isso tem a ver com o subconsciente, eu não sei”, encerrou Whiting.