Toto Wolff, diretor da Mercedes, reconhece que o estado atual da F1 – com a equipe alemã estando muito melhor do que as demais – criou uma situação desconfortável com Bernie Ecclestone, chefão da categoria. E, de acordo com Wolff, as preocupações de Ecclestone quanto à competitividade na categoria, são cabíveis.
“Antes de tudo, somos amigos e inimigos. Em nível pessoal, somos amigos no verão, até passamos feriados juntos. Mas, por outro lado, eu entendo suas preocupações. Existe a palavra ‘complacência’, mas este certamente não é nosso caso”, contou Wolff.
Toto Wolff admitiu que o domínio da Mercedes "não é ideal" (Foto: Getty Images)
Ecclestone, sempre preocupado com questões comerciais da F1, teme que a condição atual da F1 – com dois pilotos da mesma equipe sempre brigando por vitória – diminua o interesse do público pelo esporte. E o próprio Wolff reconheceu que o domínio exagerado “não é ideal” para o futuro da categoria.
“Da perspectiva do Bernie, eu entendo. Ele precisa de um entretenimento de primeira para vender, e é por isso que a ‘Era Mercedes’ não é ideal”, admitiu.
Mas isso também não significa que Toto apoie a abordagem de outras equipes da F1. O dirigente reconheceu que alguns grupos estão tentando “tirar proveito” da situação atual para mudar o regulamento ao seu favor.
“Existem grupos que tiram proveito de uma situação para ganhar uma suposta vantagem. Não é assim que eu faria, mas eu entendo a existência de tal abordagem”, finalizou.