Chefe da Mercedes alerta Bottas: “Se não corresponder, sempre vai ter outro alguém”

A permanência de Valtteri Bottas na Mercedes é uma incógnita. Depois de um início arrebatador na temporada 2019, o finlandês perdeu terreno em relação a Lewis Hamilton, seu companheiro de equipe. Toto Wolff, chefe da equipe prateada, deu o recado: se não corresponder, perde a cobiçada vaga

Valtteri Bottas começou 2019 sob pressão. Com contrato válido até o fim do ano, o finlandês abriu a temporada de forma surpreendente, com grande vitória no GP da Austrália. Depois, esteve ao mesmo nível do companheiro de equipe, Lewis Hamilton, e triunfou de novo ao subir no topo do pódio no Azerbaijão. Desde então, porém, o gás parece ter acabado, e a pressão volta a fazer parte da trajetória do dono do carro #77.
 
Longe de lutar pela vitória nas últimas corridas, Bottas foi novamente opaco no último GP da Áustria, do último domingo (30), terminando em terceiro lugar, atrás de Max Verstappen e Charles Leclerc. 31 pontos atrás de Hamilton no Mundial de Pilotos e 40 à frente de Verstappen, o finlandês recebeu de Toto Wolff o recado: ou anda bem ou corre o risco de perder a vaga na Mercedes em 2020.
Valtteri Bottas tem futuro incerto na Mercedes e já sofre pressão (Foto: AFP)

“Todo piloto de F1 sabe que se não corresponder, sempre vai ter outro alguém”, disparou o chefe da Mercedes em entrevista ao site ‘Motorsport Total’. “Valtteri sabe que ele tem de corresponder, ele está em uma equipe onde pode conquistar um título e ele diz que também quer”, complementou.

 
“Vimos um Valtteri incrivelmente forte neste primeiro terço da temporada. Na classificação, ele está realmente a par com Lewis, então acho que ele só precisa estar ciente do poder e da força que tem em si mesmo e colocar isso na pista”, avisou o dirigente austríaco.
 
Enquanto Bottas está na berlinda, o atual reserva da Mercedes, Esteban Ocon, trabalha duro para ter a sua chance. Na última sexta-feira, o francês esteve em ação no simulador da equipe anglo-alemã em Brackley, na Inglaterra, fez a distância de três corridas e só parou os trabalhos na madrugada. O piloto embarcou horas depois para se unir ao time no Red Bull Ring.
 
Em relação ao último GP da Áustria, Wolff defendeu a performance do seu piloto ao deixar claro que a Mercedes não tinha condições de lutar para segurar Verstappen, que não tomou conhecimento do finlandês ao fazer a ultrapassagem, ir para cima de Leclerc e vencer de forma grandiosa no domingo. O fim de semana no Red Bull Ring foi o pior da Mercedes na temporada. O W10 sofreu com as altas temperaturas e não teve a mesma performance das últimas oito corridas.
 
“Você pode se defender como um leão, mas se você tiver um carro que seja 1s ou 0s5 mais lento, é só questão de tempo antes de você ser comido”, explicou.
 
“Você viu também a rapidez com que Max chegou em Charles. Se Valtteri não tivesse sido ultrapassado tão rápido por Verstappen, ele teria perdido ainda mais tempo e provavelmente seria superado por Sebastian [Vettel] no fim da corrida”, finalizou. O tetracampeão usou pneus macios na fase final da corrida para terminar em quarto, logo à frente de Lewis Hamilton.

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