Chefe da Mercedes condena custos altos e diz que é preciso tornar acessível caminho até F1
Depois de Lewis Hamilton declarar que a Fórmula 1 se tornou um "clube de meninos bilionários", foi a vez de Toto Wolff, chefe da Mercedes, vir a público e também apontar a necessidade de tornar as categorias de base "mais acessíveis"
Recentemente, Lewis Hamilton declarou que a Fórmula 1 se tornou um “clube de meninos bilionários” ao relembrar suas origens humildes e considerou que, se tivesse de recomeçar, jamais chegaria ao Mundial. Agora, foi a vez de seu chefe, Toto Wolff, também abordar o assunto. Segundo o austríaco, embora cada piloto tenha sua própria história, ele concordou com Hamilton que é preciso fazer mais para reduzir os custos nas categorias de base e permitir que jovens de diferentes origens tenham a chance de alcançar o topo do esporte.
“O que torna o esporte tão atraente é que ele fornece narrativas para uma boa história fora das corridas também”, disse o comandante da Mercedes.
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“O que acho que podemos fazer é garantir que os campeonatos de base se tornem mais acessíveis, para que as crianças que não têm nenhum histórico financeiro possam realmente ter sucesso nas fórmulas”, completou.
Dentro da própria equipe alemã, o heptacampeão é um caso. Hamilton foi criado em um distrito municipal em Stevenage, com seu pai mantendo vários empregos para financiar seu início de carreira no kart, o que ajudou a pavimentar o caminho para seu sucesso na F1. O esforço rendeu o acordo histórico com a McLaren, que passou a cuidar da trajetória do jovem até a estreia no Mundial.
Por isso, o chefe da Mercedes enfatiza a importância do apoio às categorias de acesso à Fórmula 1 e explica como os valores salgados são um impeditivo para os jovens.
“Todas as grandes equipes de Fórmula 1 precisam ser capazes de identificar essas crianças, em vez de tornar tão cara uma boa temporada do kart, que custa US$ 250 mil (ou R$ 1,3 mi), ou a F4 por US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões), ou mesmo uma temporada na F3 por US$ 1 milhão (R$ 5,2 milhões)”, explicou Wolff.
“Isso é totalmente absurdo, precisa parar, porque queremos que seja acessível. Acho que precisamos dar acesso às crianças que estão interessadas em kart, a oportunidade de correr por orçamentos muito mais acessíveis”, concluiu.
A Fórmula 1 volta à ação no dia 6 de junho, com o GP do Azerbaijão, nas ruas de Baku. O GRANDE PRÊMIO acompanha diariamente todos os detalhes do Mundial.
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