Chefe da Mercedes culpa política e “falta de colhões” das equipes por risco de Ocon perder espaço na F1

Esteban Ocon, próximo de perder vaga na Force India, segue sem saber o que 2019 reserva. Toto Wolff, chefe da Mercedes e responsável pela carreira do francês, culpa a politicagem e as mentiras dos outros chefes de equipe pela situação

Para Toto Wolff, chefe da Mercedes, Esteban Ocon virou vítima da politicagem na F1. O dirigente, que corre contra o tempo para encaixar o francês no grid de 2019, lamenta que as “políticas e mentiras” dos bastidores da categoria tenham colocado o jovem piloto perto do desemprego.
 
A situação de Ocon é consequência da venda da Force India para Lawrence Stroll, pai de Lance. Com a expectativa da chegada do piloto canadense na equipe a qualquer momento, aliada à provável renovação de Sergio Pérez, as duas vagas ficam ocupadas. Esteban chegou a ser um candidato para Renault e McLaren, mas as duas fecharam as portas ao assinar com outros pilotos.
 
“O que aconteceu esse ano em julho e agosto foi simplesmente inacreditável”, disse Wolff, perguntado pela TV britânica Sky Sports. “Nos bastidores existe tanta política, compromissos às escondidas, mentiras. Nem todos os bons meninos vão ter carros [em 2019], e o Esteban provavelmente é um deles. Em julho ele recebeu duas ofertas e era só uma questão de escolher qual era a correta. Agora ele termina não tendo mais nenhuma, porque as pessoas simplesmente não tem colhões para cumprir o que dizem”, disparou.
Toto Wolff não está muito feliz com as "políticas e mentiras" da F1 (Foto: AFP)

A possível derrota de Ocon em 2019 é uma derrota também para a Mercedes, que vai levando a pior na disputa por influência sobre outras equipes. Esteban é tratado como futuro piloto da equipe principal: “Vou cuidar dele. É uma das estrelas do futuro e tenho 100% de certeza disso. É um cara forte, que já esteve em momentos diferentes da carreira, e tenho certeza de que vamos resolver isso também.”

 
Conforme o mercado se agita, Ocon se vê com poucas opções. Uma delas – talvez a única – é a Williams, ainda sem pilotos para 2019.
 
Outro piloto júnior da Mercedes com futuro incerto é George Russell, atual líder da F2. “Ele não poderia fazer melhor do que está fazendo nesse momento. Ele venceu a GP3 ano passado e está em vias de competir pela F2 com o Lando Norris. Esses são dois caras [Russell e Ocon] que merecem estar na F1 e não tenho dúvidas de que vão estar, independente de ser com outra equipe que reconheça o talento ou com a gente. Veremos”, encerrou Wolff.
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