Chefe da Mercedes diz que Hamilton jamais pediu para ser primeiro piloto: “Ele quer igualdade”

Apesar dos valores milionários que envolvem a transferência de Lewis Hamilton para a Mercedes em 2013, Ross Brawn descartou que o britânico terá privilégios em sua nova equipe

Protagonista da transferência mais surpreendente e milionária da F1 dos últimos tempos, Lewis Hamilton deixará a McLaren no fim desta temporada para assumir o desafio de substituir Michael Schumacher na Mercedes pelos próximos três anos. O britânico foi contratado a peso de ouro e vai receber, até 2015, perto de R$ 200 milhões. Ainda assim, Ross Brawn descartou a possibilidade de trabalhar em prol apenas de Lewis e deixou claro que haverá igualdade de condições entre o campeão mundial de 2008 e seu novo companheiro de equipe, Nico Rosberg.

Em entrevista concedida ao site da revista britânica ‘Autosport’, Ross Brawn negou que Hamilton terá em Brackley o mesmo tratamento, por exemplo, que a Ferrari deu para Schumacher nos tempos em que Brawn foi um dos grandes pilares de Maranello. Pelo contrário. O dirigente britânico disse que Lewis, em momento algum, pediu tratamento diferenciado na escuderia alemã.

Ross Brawn garantiu que haverá igualdade de condições na Mercedes com Hamilton em 2013 (Foto: Mercedes)

“Lewis jamais pediu por qualquer prioridade, ele apenas pediu igualdade. Ele foi tranquilo e não demonstrou nenhum desejo em ter um tratamento especial ou privilégios. Lewis só espera ter a mesma oportunidade na equipe, e nós gostaríamos de fazer isso bem”, declarou o comandante da Mercedes.

Brawn revelou que ficou surpreso pelo fato de Lewis não ter exigido as atenções de primeiro piloto na Mercedes e disse que qualquer tipo de exigência nesse sentido seria rejeitada pela cúpula da escuderia prateada.

“A conversa foi relativamente curta sobre esse assunto, e fiquei impressionado por ele ser otimista o bastante para ter essa visão e não tentar proteger algum tipo de posição, que teria sido muito difícil para a equipe aceitar”, salientou Brawn. “Nós jamais colocamos isso em discussão porque Lewis não levantou isso. E se ele tivesse levantado, nós provavelmente não o faríamos”, garantiu o dirigente.

Hamilton deixará a McLaren, onde sempre teve bom relacionamento com seu atual companheiro de equipe, Jenson Button, e irá reeditar uma antiga parceria com Nico Rosberg. Parceiros desde a época do kart, os pilotos voltarão a dividir uma equipe em 2013. É nessa harmonia entre Lewis e Rosberg que Brawn aposta suas fichas para que a Mercedes volte a figurar entre as vencedoras da F1.

“Eles são bons ex-colegas e amigos, e sei que eles viajam juntos para as corridas muitas vezes. Espero que eles não tenham qualquer tipo de problemas. Mantive Nico informado sobre como as coisas evoluíram, e ele está muito animado por ter Lewis se unindo à equipe”, comentou Brawn, animado com a sua nova dupla de pilotos.

“Vejo isso de maneira positiva. Nós vamos ter pilotos tentando bater uns aos outros, normalmente, porque nós não queremos um piloto que não queira bater seu companheiro de equipe. Mas é importante que tudo seja feito da maneira correta. Acho que vai ser uma combinação muito boa”, disse.

Por fim, o dirigente britânico disse que, apesar de Hamilton ter construído toda sua carreira na F1 pela McLaren, não acredita em problemas de adaptação à filosofia adotada pela Mercedes.

“Estou certo que ele teve um grande apoio na McLaren, mas você nunca sabe até que você comece a trabalhar com outra pessoa na prática. Nós temos o nosso ponto de vista sobre como devemos abordar as coisas, e parece que isso se alinha com o ponto de vista de Lewis, e estou otimista que será uma equipe forte, não apenas comigo, mas com todo o restante da empresa”, concluiu o comandante do time de Brackley.

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