Chefe da Mercedes fala que sucesso da Ferrari foi como “tapa na cara” e prega cautela: “Não ganhamos nada ainda”

Toto Wolff, chefe da Mercedes, fez uma avaliação do sucesso da Ferrari em 2015 e disse que as vitórias serviram de alerta para a equipe alemã. Esperando que o time italiano venha ainda mais forte na segunda metade do ano, o austríaco procurou manter a cautela e falou em “permanecer com os pés grudados na Terra”

Chefe da Mercedes, Toto Wolff avaliou a temporada de seus comandados até o momento e falou também das surpreendentes vitórias da Ferrari em 2015. Sobre o sucesso italiano, o austríaco reconheceu que o desempenho foi como um "tapa no rosto" da equipe alemã. Ou seja, serviu para acordar e manter o foco no desenvolvimento do carro.

Depois de um início acachapante em Melbourne, no mês de março, a Mercedes foi pega de surpresa pela bela atuação de Sebastian Vettel com o carro vermelho na quente e úmida pista da Malásia. Mas não parou por aí. A esquadra italiana continuou se mostrando forte, conquistando pódios e venceu mais uma vez, agora na Hungria, na prova que fechou a primeira metade do campeonato, no mês passado.

Toto Wolff se mostrou cauteloso para segunda parte de 2015 na F1 (Foto: Getty Images)

"O GP da Malásia serviu certamente como um alerta", admitiu Wolff em entrevista ao site norte-americano 'Motorsport.com'. "Depois de Melbourne, nós achávamos que tudo estava sob controle e que apenas fomos alcançados por outras razões. Em uma retrospectiva, talvez tenha sido como um tapa na cara, o que é sempre bom para reorganizar as coisas", completou o dirigente.

"Nós definitivamente fomos beneficiados com isso, porque provavelmente estabelecemos objetivos mais agressivos com relação ao desenvolvimento, metas de tempo de voltas e altas expectativas. Sabemos que a ameaça é real", acrescentou.

Wolff ainda se mostrou cauteloso sobre a segunda parte da temporada. "Nós não ganhamos nada ainda. Estamos no meio do ano. E há histórias de equipes que tiveram problemas nesta segunda fase, mas também há aquelas que melhoraram seu ritmo. Então, o melhor que temos a fazer é permanecer com os pés grudados no planeta Terra", assegurou o chefão.

"Há nove provas pela frente ainda, e só poderei responder se foi fácil ou difícil no fim do ano. Por enquanto, a partir de um ponto de vista puramente científico, a equipe vai manter o desenvolvimento e trabalhar de forma eficaz. Não temos razão para temer algo pior do que no ano passado", explicou Toto.

Porém, questionado se a Ferrari pode voltar ainda mais forte após a pausa do verão europeu e vencer mais vezes, Wolff foi categórico. "Sim. Mas ganhar o segundo campeonato é algo muito importante para nós e vamos continuar a desenvolver incansavelmente o nosso carro."

"Não esqueça que isso também será benéfico para o carro do próximo ano, porque os regulamentos vão permanecer estáveis", encerrou.

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