Chefe da Mercedes nega surpresa por Hamilton ter aceito proposta e diz: “Ele já faz parte da família”

Norbert Haug, diretor-esportivo da Mercedes, disse que precisa dar um passo a mais em relação às equipes rivais para dar a Lewis Hamilton um carro confiável: “Estamos trabalhando nisso”

A bombástica transferência de Lewis Hamilton da McLaren para a Mercedes pode ter surpreendido praticamente a todos que acompanham a F1, mas não a Norbert Haug. O diretor-esportivo da Mercedes entende que a montadora alemã sempre fez parte do desenvolvimento da carreira do britânico, desde os tempos de F3, e, desta forma, é compreensível que Lewis tenha escolhido o time de Brackley para dar sequência à sua trajetória na F1.

“Não ficaria surpreso se um piloto se unisse a nós. Lewis não é um cara novo para a gente. Nós conhecemos Lewis por meio da nossa parceira McLaren”, declarou Haug, dirigente máximo da equipe Mercedes, em entrevista concedida à revista britânica ‘Autosport’ nesta terça-feira (2).

Haug não ficou nada surpreso com escolha de Hamilton pela Mercedes (Foto: Mercedes)

Haug citou o histórico vencedor de Lewis nos monopostos e lembrou que, de uma forma ou de outra, a Mercedes sempre fez parte da carreira do britânico, campeão mundial em 2008. “Nós bancamos 50% da sua carreira de júnior, junto com a McLaren. Na F3, Lewis venceu 15 das 20 corridas [na F3 Euro], todas com motores Mercedes. E todas as suas vitórias na F1 foram com motores Mercedes.”

“Ele já é um membro da família Mercedes. Ele nos conhece, ele confia em nós”, garantiu o dirigente, justificando a opção de Lewis por ter deixado a McLaren para aceitar a proposta milionária da fábrica de Stuttgart e mudar de ares em 2013.

Contudo, o dirigente alemão reconhece que sua equipe precisa avançar para oferecer a Lewis um carro suficientemente bom para seguir disputando posições no topo da F1. “Nós assinamos com ele agora e agora nós precisamos mostrar nossas qualidades na pista. Isso é o que nós não estamos fazendo atualmente de maneira boa o suficiente. Você pode confiar em nós, que estamos trabalhando nisso de maneira bastante intensa”, garantiu.

Com Nico Rosberg, a Mercedes saiu da fila e quebrou um jejum de mais de 50 anos sem vitórias na F1. Contudo, a temporada de 2012 tem sido marcada pelo equilíbrio de forças, com várias equipes lutando pelo pódio, como Sauber e Lotus, tornando a tarefa das Flechas de Prata ainda mais difícil. Portanto, na visão de Haug, será preciso evoluir ainda mais na próxima temporada.

“Temos melhorado muito nos últimos dois anos se você analisar a média do nosso tempo de volta em relação aos vencedores. Há cinco ou seis equipes na luta. Eram três ou quatro no ano passado. Isso mudou”, analisou o dirigente. “Como consequência, nós precisamos dar um passo a mais [em relação às rivais]. Fizemos 13 corridas e agora acho que, em quatro delas, tivemos um ritmo respeitável: a vitória na China, a pole em Mônaco, em posição de vencer e ter bom ritmo em Montreal e um pódio em Valência. E também tivemos corridas bem difíceis.”

“Precisamos estabilizar isso e dar o próximo passo. E é nisso que estamos trabalhando, com grande concentração e paixão. E acho que nós podemos alcançar isso, mas fazer um grande alarde antes de nós alcançarmos qualquer coisa é um equívoco”, alertou o comandante da Mercedes.

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