Chefe da Mercedes se diz contrário à ideia da Red Bull sobre fim do túnel de vento: “É parte do DNA da F1”
A Mercedes se colocou contra a proposta da Red Bull em abolir o uso do túnel de vento como forma de reduzir os custos na F1. Para o chefe da esquadra alemã, a medida é sem sentido porque acaba com o DNA da categoria
Não é segredo algum que a F1 vive um período de instabilidade financeira, especialmente entre as equipes do pelotão intermediário do grid, e que as discussões sobre a redução de custos são cada vez maiores. E uma das novas propostas veiculadas nesta semana vem da Red Bull e surpreendeu. O chefe da esquadra austríaca, Christian Horner, sugeriu o fim do uso do túnel de vento como forma de diminuir consideravelmente os gastos dos times. Só que a ideia não foi bem recebida pela Mercedes, a atual campeã. Para Toto Wolff, o recurso é parte do DNA da F1.
Horner entende que o fim da utilização do túnel de vento pode promover um desafio maior aos engenheiros e também igualdade de oportunidade para todas as equipes do grid, que serão obrigadas a trabalhar com recursos semelhantes. O inglês ainda reconheceu que banir o equipamento seria uma medida "extrema e controversa", mas que daria mais resultado do que um teto orçamentário. “Se você quiser ser realmente extremo e realmente controverso, se livre do túnel de vento”, disse o dirigente.
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“É uma coisa cara para fazer funcionar e para alimentar com componentes e peças. Volte para a capacidade de invenção da engenharia”, continuou. “Dê a todos o mesmo microchip para o CFD e deixe a cargo da inteligência dentro do time em oposição à potência do computador e do túnel de vento”, sugeriu.
“Por que não ser radical? Por que não fazer todos terem o mesmo processo?”, indagou o britânico.
Questionado sobre a proposta do rival, o chefe da Mercedes primeiro brincou com a situação, mas, ao falar sério, se posicionou contra. "Eu pensei que a Red Bull iria sugeriu o retorno dos motores V8 aspirados… Talvez eles tenham dado uma olhada nos dados dos testes de Barcelona e agora querem abolir os túneis de vento", completou o austríaco.
"Esta é a F1 e não a GP2. Aqui não é uma série como a Indy, que tem os mesmos carros para todos. A F1é o topo do automobilismo e o túnel de vento faz parte disso também, para que possamos desenvolver os carros de produção. Não podemos excluir algo que faz parte do DNA da F1", acrescentou Wolff.
Na terceira parte do Guia F1 2015, o GRANDE PRÊMIO faz um raio-X de cada uma das dez equipes do grid para o Mundial que começa neste fim de semana na Austrália, na pista de Melbourne, e que marca a 66ª temporada da história da F1.
O especial também traz as fichas completas dos 22 (!!!) pilotos que vão disputar o título mundial nas 19 ou 20 corridas previstas pelo calendário deste ano.
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