Chefe da Racing Point diz que Lawrence Stroll mostra “mais interesse” que Vijay Mallya

Lawrence Stroll, dono da Racing Point desde o fim de 2018, virou habitué da fábrica de Silverstone, participando do cotidiano da equipe. O chefe Otmar Szafnauer recorda que Vijay Mallya aparecia apenas “quatro ou cinco dias por ano”

A transição entre Force India e Racing Point, um dos destaques da temporada 2018 da Fórmula 1, foi melhor simbolizada na troca de dono. Vijay Mallya, fundador da equipe e procurado pelo justiça indiana, abriu espaço para Lawrence Stroll, pai de Lance, que trouxe dinheiro suficiente para evitar a falência da escuderia de Silverstone. Só que, muito além do aspecto financeiro, fica a sensação de que o empresário canadense tem melhores condições de se dedicar ao projeto do que o indiano.
 
Quem relata a diferença é Otmar Szafnauer, chefe de equipe da atual Racing Point. O dirigente destaca que, apesar do gosto de ambos por automobilismo, era Lawrence quem conseguia ser mais presente na fábrica.
 
"A maior diferença é que o Lawrence [Stroll] está mostrando muito mais interesse nas coisas que acontecem na equipe", disse Szafnauer, falando ao site ‘RaceFans’. "Ele quer entender todos os aspectos das coisas que fazemos", continuou.
Lance Stroll, filho de Lawrence, é uma das marcas da nova era da equipe (Foto: Racing Point)

"O Vijay [Mallya] não participava, deixava rolar e olhava a equipe de cima. Ele gostava muito de automobilismo, você o via presente em quase todas as corridas, só que nos últimos dois anos só dava para encontra-lo na fábrica em quatro ou cinco dias por ano. O Lawrence agora vem para a fábrica dois ou três dias por semana. Então estamos falando do Lawrence vindo de oito a dez vezes por mês e o Vijay vindo cinco dias por ano. É uma diferença enorme", destacou.

 
Os motivos que levaram Mallya a se afastar do dia-a-dia da então Force India não foram revelados. Entretanto, é fato conhecido que os problemas com a justiça indiana dificultaram os anos finais da gestão do empresário. Vijay era, por exemplo, capaz apenas de aparecer no paddock no GP da Inglaterra – caso o empresário deixasse o Reino Unido, corria risco imediato de extradição e prisão.
 
A chegada de Stroll permitiu que a Racing Point seguisse como uma força do pelotão intermediário. A equipe terminou o Mundial de Construtores em sétimo, um pouco abaixo do nível de performance dos dias de Force India.

 

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