Chefe da Red Bull vê ida de Ricciardo para Renault como “algo de risco e difícil de entender”

Christian Horner não gostou da saída de Daniel Ricciardo da Red Bull. Para o chefe da equipe, a transferência do australiano para a Renault não é fácil de ser entendida, diferentemente de se o acerto fosse com Ferrari ou Mercedes

Christian Horner parece não ter digerido bem a saída de Daniel Ricciardo da Red Bull. Se quando o australiano foi avisar o chefe de que se transferiria para a Renault ele pensou que era uma piada, agora tenta não criticar a opção ao comentar o caso, mas se complica e deixa claro que está incomodado.

Durante entrevista ao podcast 'Beyond the Grid', Horner afirmou que vê a decisão de Ricciardo como um "risco enorme" e uma escolha "difícil de entender".

Primeiramente, ele afirmou que vê Ricciardo como alguém que necessitava de uma mudança para se motivar a continuar na F1. "Acho que ele decidiu que precisava de algo novo durante um voo para a América. Mas quando você pensa de forma racional, é difícil de entender."

"Acredito que ele precisa de novos desafios, mas também acredito que vê o crescimento de Max [Verstappen] em relação a velocidade e força e não quer jogar o papel de escudeiro, ainda que não o tenhamos tratado de forma distinta", seguiu o dirigente.

Daniel Ricciardo e Christian Horner (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

Depois, Horner criticou de maneira forte a Renault, por mais que diga entender que o time francês tem aumentado seu investimento em busca de um título mundial.

"Em 2019 eles terão o mesmo 'status'. Eu entenderia se ele fosse para a Ferrrari ou para a Mercedes, mas ir para a Renault é um risco enorme nesta fase de sua carreira", opinou.

"É como convencer uma garota que saia contigo, mas ela tem dúvidas. Tentamos renovar (o contrato), mas seu coração não estava conosco", continuou.

Daniel Ricciardo e Christian Horner (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Ainda houve tempo de Horner mostrar um pouco de amargura com Ricciardo: "Demos a ele tudo o que pedia e queria, mas não foi o suficiente."

"Estávamos prontos para oferercer um contrato de um ano para que estivesse disponível para ir para a Ferrari ou para a Mercedes no futuro. Não foi uma decisão por dinheiro ou 'status', compromisso ou duração. Acho que precisava de algo diferente em sua trajetória, talvez ele se arrependa", finalizou.

Ricciardo está na Red Bull há quatro anos e meio. Ele conseguiu sete vitórias e 29 pódios até o momento, com dois terceiros lugares (2014 e 2016) como melhores resultados no Mundial de Pilotos. Em 2019, ele será companheiro de Nico Hülkenberg, que ainda não tem pódios na categoria.

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