A discussão sobre a abertura do mercado para especificações de motores com um ano da idade não agrada a chefe da Sauber, Monisha Kaltenborn. Para ela, é o tipo de atitude que pode servir como último recurso antes da falência de alguma equipe como um paliativo, mas apenas.
Monisha disse que o tipo de caso da Manor, que precisou usar motores velhos da Ferrari em 2015 para não fechar as portas é possível, mas – como uma boa advogada que é – não pode servir como precedente.
"Idealmente, não acho que deveria existir uma opção assim. Estamos tentando juntar pessoas e não criar um ambiente onde você termina com carros A e B. De uma forma, distorce um pouco a competição ou cria uma competição dentro da competição. Não é ideal", avaliou.
Monisha Kaltenborn não gosta da ideia (Foto: Getty Images)
"Claro, se um time está em muitas dificuldades, ele vai ter que seguir esse caminho. Você não quer dizer 'prefiro fechar' e não ter essa opção. Se um time precisa fazer isso por um ano, por quê não? Mas não acho que deveria abrir um precedente agora para outras coisas virem a seguir", seguiu.
A saída tem sido discutida com a Red Bull em mente, já que a parceria com a Renault ruiu e alguém vai precisar fornecer motores para o time austríaco. Ferrari e Mercedes não enxergam com bons olhos darem suas especificações mais atualizadas à forte concorrente.
Outra discussão do Grupo de Estratégia, essa apoiada por Monisha, é sobre a diminuição dos custos dos motores.
"Não sou membro (do Grupo de Estratégia), então não sei o que está sendo discutido. Mas o que eu escuto e leio, parece que há algum tipo de consenso no custo de motores, o que é definitivamente a direção certa. Temos dito isso há um tempo. É encorajador o que está acontecendo, mas ainda precisamos ver se vai ser introduzido de novo", encerrou.