Chefe da Sauber reitera que talento foi fator principal para manter Nasr e Ericsson e mostra confiança para 2016

Monisha Kaltenborn explicou que, ainda que o fator financeiro tivesse sua importância para contratar e, depois, renovar com sua dupla para o ano que vem, o talento falou mais alto. Felipe Nasr começou muito bem 2015, mas agora Marcus Ericsson vem mostrando melhor forma na segunda metade do Mundial

Satisfeita com o trabalho desempenhado por Felipe Nasr e Marcus Ericsson, a Sauber renovou o contrato com sua dupla de pilotos para o Mundial de F1 em 2016. Uma decisão baseada muito mais no talento dos competidores do que propriamente pelo fator financeiro, garante Monisha Kaltenborn, a chefa da escuderia suíça. Embora reconheça que o dinheiro trazido pelos patrocinadores dos seus pilotos seja importante, a dirigente indo-austríaca reforçou que o mais importante para fechar sua dupla para o ano que vem foi a capacidade técnica.

A Sauber teve um grande e surpreendente começo de temporada depois de enfrentar os tribunais em razão de uma ação impetrada na justiça australiana por Giedo van der Garde. Passada a tormenta jurídica e aproveitando a ausência de vários carros num esvaziado GP da Austrália, Nasr teve a melhor estreia de um brasileiro na F1 e terminou em quinto lugar. Depois de um jejum de pontos desde o GP de Mônaco, a Sauber voltou a pontuar nas últimas três provas do calendário — Hungria, Bélgica e Itália —, sempre com Ericsson, que está em rota ascendente no campeonato.

A chefa da Sauber está confiante em desempenhar um bom papel na próxima temporada da F1 (Foto: Getty Images)

Em entrevista ao site espanhol ‘LaF1.es’, Monisha deixou claro que aposta no talento dos jovens Nasr e Ericsson e mostrou confiança para a próxima temporada com a continuidade da sua dupla de pilotos.

“Nesta equipe, a decisão de negociar com qualquer piloto sempre é proporcionada pelo seu talento. Muita gente chega prometendo muito dinheiro e não os correspondemos. Neste caso, quando vieram Marcus e Felipe, obviamente sabíamos que um fator da decisão seria a situação financeira, mas não era o principal fator. Era só apenas um deles”, comentou a dirigente.

“Inclusive nos momentos difíceis, tivemos pilotos que não trouxeram aporte financeiro, mas estávamos totalmente convencidos de que queríamos ter esse tipo de piloto. É uma mescla de muitos assuntos que devem levar em conta as equipes privadas hoje em dia: levar em conta o dinheiro em sua decisão, mas antes de tudo se o piloto nos convence ou não”, explicou.

“Sempre espero muito mais, como temos demonstrado neste ano. Olhando o potencial dos nossos pilotos e o futuro que vejo neles e a capacidade da nossa equipe, não tenho motivos para estar preocupada”, acrescentou Monisha.

Questionada sobre o futuro, Kaltenborn reiterou que está bastante otimista. “Sim, absolutamente. Acredito que se tivermos a sensibilidade suficiente para manter as regras estáveis, o que fizermos em um ano pode ser aproveitado também para o próximo. Talvez, uma deficiência da equipe é que não fomos muito ágeis quando vieram as novas mudanças no regulamento da F1 [de 2013 para 2014], mas logo nos recuperamos e, inclusive, demos um grande passo em frente”, complementou.

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