Chefe da Williams critica alianças entre equipes e diz que F1 impede “construtor verdadeiro” de competir

A Williams vê rivais do pelotão intermediário fortalecendo vínculos com gigantes da F1. Claire Williams, comandante da equipe, acredita que é hora de a categoria agir para evitar ações como compra e venda de peças de carros

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Competir como um construtor verdadeiro, sem se aliar a equipes mais fortes, virou um grande desafio na Fórmula 1. Quem diz isso é Claire Wiliams, chefe da equipe britânica: de acordo com a dirigente, as trocas de informações e peças entre rivais dificultaram a vida de uma escuderia que se orgulha de ser independente.

 
“Atualmente, do jeito que o regulamento está, não é fácil para um construtor verdadeiramente independente competir”, definiu Claire, entrevistada pelo site ‘Motorsport.com’ durante o lançamento do FW42. “Esse provavelmente foi um dos motivos pelos quais caímos para décimo [no Mundial de Construtores] no ano passado, levando em conta o trabalho que existe entre outras equipes”, continuou.
 
As alianças criticadas por Claire se alastram no pelotão intermediário. Além da relação óbvia entre Red Bull e Toro Rosso, a Ferrari auxilia Alfa Romeo e Haas. As outras equipes medianas da atualidade não têm parceiros, mas também aparecem com mais força do que a Williams – Renault e McLaren são melhor estruturadas, enquanto Racing Point vê uma injeção financeira substancial após a chegada de Lawrence Stroll como chefe do consórcio que adquiriu a Force India.
Claire Williams quer que o status de construtor independente seja defendido na F1 (Foto: Williams)

A Williams acredita que uma forma de dosar a vantagem das alianças é vetar a venda e compra de determinadas peças do carro. A Toro Rosso, por exemplo, já anunciou que vai competir com traseira cedida pela Red Bull.

 
“Isso está de acordo com o regulamento atual”, reconheceu Claire. “Um dos motivos pelos quais apoiamos tanto o trabalho que FIA e FOM estão fazendo tem a ver com as mudanças na lista de peças [que podem ser vendidas e compradas]. Somos muito a favor disso. Nós sabemos que isso muda o cenário da F1 em 2021 e além para equipes como a nossa. Temos muito orgulho do fato de que somos verdadeiros construtores, no sentido de que nós mesmos construímos tudo nos nossos carros. Pessoalmente, acho que esse é o DNA da F1. Não deveria ser diluído de acordo com uma lista de peças. Fico na expectativa de que essa mudança venha”, encerrou.
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