Chefe diz que falta de atualizações da Mercedes contribuiu para reação da Ferrari

Depois de encaminhar os títulos de 2019 na primeira metade da temporada da Fórmula 1, a Mercedes tirou o pé do acelerador no desenvolvimento do W10. A equipe que tanto encontrou vantagem poucos meses atrás decidiu deixar atualizações em segundo. Toto Wolff, chefe da escuderia, entende que a decisão de concentrar esforços em 2020 é um dos fatores para a reação recente da Ferrari, dona de três das últimas quatro vitórias na temporada.

 

“Faz muito tempo que não trazemos atualizações para o carro e não controlamos tão bem algumas coisas quanto poderíamos”, disse Wolff. “Nós tivemos azar com algumas decisões e nessas últimas corridas, que nós poderíamos ter vencido, não vencemos. Agora esse azar se transformou em sorte”, seguiu, fazendo referência ao triunfo em Sóchi.

 

“Acho que eles [Ferrari] deram, e continuam dando, grandes passos em termos de velocidade de reta. Eles tiveram um carro bom em Singapura, um carro muito bom em Sóchi e, se você ligar os pontos, você consegue virar a referência. É isso que eles fizeram nesses dois fins de semana”, ponderou.

A Ferrari, que tanto sofreu para fazer o SF90 render, concentrou esforços em atualizações para 2019 – que surtiram efeito, vide vitórias recentes. A Mercedes tomou caminho diferente, planejando apenas novidades pequenas para o GP do Japão da próxima semana.

 

“Você precisa administrar seus recursos do jeito certo, também pensando no próximo ano. Isso é algo que precisamos considerar com muito cuidado. Teremos uma coisa pequena para Suzuka, algo que queremos explorar, mas não são os grandes passos que forçamos até o fim do verão [agosto]”, encerrou.

 

A Mercedes ainda não confirmou o título no Mundial de Construtores, assim como Lewis Hamilton segue sem carimbar o de Pilotos. Entretanto, os dois estão encaminhados – dependendo da combinação de resultados, é possível que o campeonato de equipes seja definido ainda em Suzuka.