Chefe da Mercedes descarta pressão e diz que pilotos escolheram correr na Arábia Saudita

Toto Wolff, chefe da Mercedes, afirmou que os chefes de equipe tiveram conversa sensata e que não houve tentativa de persuasão para convencer os pilotos a disputar o GP da Arábia Saudita após ataque de míssil na região do circuito

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A Fórmula 1 passou por momentos tensos na Arábia Saudita. Durante o primeiro treino livre em Jedá, um míssil de rebeldes do Iêmen acertou uma instalação da Aramco, petrolífera que é uma das principais patrocinadoras da categoria, a cerca 10 quilômetros da pista. A fumaça preta podia ser vista do circuito, mas as atividades de sexta-feira correram normalmente, com apenas um atraso na segunda sessão de treinos livres.

Assim que o treino acabou, os pilotos se reuniram para debater se a corrida deveria acontecer. Alguns deles, como Lewis Hamilton, da Mercedes e Fernando Alonso, da Alpine, eram a favor de boicotar o evento. Mas, após longas conversas com os chefes de equipe, os diretores Stefano Domenicalli e Ross Brawn e autoridades sauditas e da FIA, chegou-se a um consenso para prosseguir com o GP.

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Toto Wolff, chefe da Mercedes, comentou a situação, e reiterou que não houve pressão por parte dos organizadores e dos chefes de equipe para os pilotos correrem. Wolff afirmou que o que aconteceu foi um debate, ainda que o público possa ter ficado com uma impressão diferente.

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Pilotos reunidos para decidir destino do GP da Arábia Saudita (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

“Não houve nenhuma tentativa de persuasão da nossa parte, foram apenas boas discussões. Quando os chefes de equipes falaram com os pilotos, acho que o que falamos foi sensato e de forma alguma com pressão, mas talvez as pessoas tenham ficado com outra impressão. No final, o show e o espetáculo foi sensacional, e o que entregamos como esporte foi ótimo. É isso que acho que os esportes devem fazer”, disse Toto Wolff após a corrida em Jedá.

O dirigente austríaco também já tinha comentado sobre o assunto no sábado. Toto acredita que a Fórmula 1 deve dar oportunidades para o crescimento das pessoas, e que a corrida na Arábia Saudita traz uma visibilidade que pode ajudar o país a se tornar um lugar melhor.

“A Arábia Saudita e alguns países do Oriente Médio têm os mesmos valores que e a mesma cultura que nós na Europa? Não. Eles estão onde querem estar? Não. Será que nós, vindo para cá, podemos dar visibilidade para este lugar através da Fórmula 1 e dar visibilidade para esses temas e transformar em um lugar melhor? Ainda acho que sim. Eu prefiro vir para cá e dar a visibilidade necessária para ajudar a região a se tornar um lugar melhor do que dizer: ‘Não vou para lá, não quero saber disso'”, explicou Wolff.

Piloto da Mercedes, Lewis Hamilton afirmou após o GP da Arábia Saudita que “só queria voltar para casa”. A Fórmula 1 decidiu cancelar o GP da Rússia por conta dos conflitos com a Ucrânia, mas decidiu continuar com o evento em Jedá em um dos piores capítulos de sua história.

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