Chefe da Red Bull diz que consultor queria demissão de Ricciardo após GP da Espanha

Christian Horner, chefe da Red Bull, admitiu que segurou Daniel Ricciardo na RB por mais tempo do que o consultor Helmut Marko queria

A Red Bull bateu o martelo na semana passada e definiu a troca de Daniel Ricciardo por Liam Lawson no cockpit da RB (Visa CashApp RB) para o restante da temporada 2024. De acordo com Christian Horner, chefe da Red Bull na Fórmula 1, a mudança demorou apesar dos pedidos internos para demitir o veterano muito antes.

Horner contou que os pedidos de Helmut Marko, consultor da Red Bull e idealizador do programa de pilotos da marca dos energéticos, para demissão de Ricciardo começaram após o GP da Espanha. A prova de Barcelona foi a décima da temporada, realizada em 23 de junho. Ricciardo inda ficou por mais oito corridas e três meses.

“Daniel começou a temporada com dificuldades. Miami foi um fim de semana com duas metades. Na sexta-feira e sábado pela manhã, foi fantástico e parecia o Daniel dos velhos tempos na defesa contra a Ferrari e guiando o carro na pista. Mas o sábado pela tarde e o domingo foram desastrosos”, afirmou.

“Mesmo por volta de Barcelona [GP da Espanha], Helmut queria Daniel fora do carro e já havia muita pressão. Mas quando chegamos a Montreal, nosso querido Jacques Villeneuve já estava criticando forte, e definitivamente o animou. Deu para ver pelo jeito que guiou o carro, pegou pelo pescoço e fez um fim de semana forte. Eu disse para ele ligar para Jacques antes de cada corrida”, continuou.

Daniel Ricciardo foi 15º colocado no GP da Espanha (Foto: Red Bull Content Pool)

“Fiz meu melhor para conseguir o máximo de tempo possível para que ele entregasse desempenho. Se não fosse assim, estaria fora do carro já depois de Barcelona”, reiterou.

O chefe da Red Bull ainda admitiu aquilo que se falava à boca pequena há um ano: o retorno de Ricciardo ao grid pela RB era um plano de contenção de danos caso Sergio Pérez fosse mal.

“Todos os pilotos estão constantemente sob pressão, mas a razão pela qual Daniel estava naquele carro era para catar os cacos da situação caso Checo [Pérez] não fosse bem. O problema foi que ambos sofreram em vários momentos. Checo começou bem a temporada, enquanto Daniel sofria. Depois, Checo perdeu a boa forma, Daniel melhorou um pouco, mas nunca foi o bastante para acharmos que era melhor mudar”, contou.

Fórmula 1 agora só volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.

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