Chefe da Red Bull sela acordo de paz com consultor para segurar Verstappen até 2026
Segundo o Motorsport Itália, Christian Horner convenceu Helmut Marko a abrir mão da 'cláusula Verstappen', assegurando permanência do austríaco na Red Bull até o final de 2026 e impedindo saída do neerlandês dentro do referido prazo
Christian Horner teve de se entender com o lado austríaco da Red Bull para realmente não perder Max Verstappen muito antes do fim do contrato vigente, que vai até 2028. De quebra, ainda convenceu o consultor dos taurinos, Helmut Marko, a assegurar permanência na equipe ao menos até o final de 2026, retirando do contrato a cláusula que condiciona a permanência do neerlandês à dele.
A informação é da versão italiana do Motorsport desta terça-feira (20), que põe o encerramento definitivo do ‘Caso Horner’ como ponto-chave para o acordo de paz, após a funcionária que acusou o dirigente de “conduta inadequada” ter tido o direito de recurso negado. Só que assim que a investigação veio à tona, em março, Horner teve de se desdobrar diplomaticamente para conter as consequências.
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Apoiado pelo acionista majoritário do Grupo Red Bull, Chalerm Yoovidhya, detentor de 51% da fatia, Horner também teve de buscar o apoio do CEO, Oliver Mintzlaff, além, claro, de Helmut, e isso porque se tornou pública a cláusula contratual que liberava Verstappen do longo acordo diante de uma eventual saída do austríaco de 81 anos do time.
Oficialmente consultor da Red Bull, Marko tem um papel central como o meio de campo entre a equipe da F1 e o setor executivo da companhia, na Áustria. É um papel que exerce há quase 20 anos, desde a formação do time. Ele era amigo próximo do antigo presidente, Dietrich Mateschitz, morto no fim de 2022.
Não houve, portanto, escolha para Horner a não ser ceder na queda de braço que se desenhou internamente entre ele e Marko. Em troca, a publicação italiana afirma que o consultor concordou em retirar do contrato a ‘cláusula Verstappen’, certificando permanência em Milton Keynes até o final de 2026 — o que significa que Max também não poderá deixar a Red Bull nos próximos dois anos.
Horner ainda lutou para manter um ambiente confortável para Verstappen não apenas através do ‘fico’ de Marko, mas também com a manutenção de Sergio Pérez, diz o Motorsport Itália. Com a vantagem técnica sobre as rivais cada vez menor, estabilidade interna passou a ser a expressão de ordem para o time poder gastar energia somente no desenvolvimento do carro nas corridas restantes de 2024.
A Red Bull lidera o Mundial de Construtores com 408 pontos, 42 a mais que a McLaren. Entre os Pilotos, Max Verstappen é o líder, com 277, enquanto Lando Norris vem em segundo, com 199.
A Fórmula 1 retorna das férias neste fim de semana, entre os dias 23 e 25 de agosto, no GP dos Países Baixos, em Zandvoort.
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