Chefe reflete sobre sucesso e vê força da Mercedes “nas pessoas e nos objetivos certos”

Chefão da Mercedes, Toto Wolff falou sobre como vê o próprio sucesso à frente da esquadra heptacampeã e o que mudou desde 2014, quando conquistou o primeiro título na Fórmula 1. O austríaco ainda definiu aquilo que torna o time tão poderoso

Em pouco tempo desde sua volta à Fórmula 1 como equipe, a Mercedes construiu uma trajetória de grande sucesso, dominando amplamente a era híbrida vivida pelo esporte desde 2014. Ninguém venceu mais do que a esquadra alemã nesse período. Até aqui são 101 vitórias e sete campeonatos do mundo. Excelência é uma palavra que pode ser usada para definir a forma como o time trabalha, o que reflete também a condução firme dada por Toto Wolff. O austríaco de 48 anos passou a chefiar a Mercedes em 2013 e se tornou um dos homens mais influentes do paddock.  

Ainda, a equipe comandada por ele produziu todos os campeões entre Pilotos desde 2014. Foram seis títulos de Lewis Hamilton e um de Nico Rosberg. Foi também pelas mãos da Mercedes que o inglês foi capaz de se tornar o maior vencedor da história, ultrapassando a icônica marca de 91 triunfos, que pertencia a Michael Schumacher. Em 2020, Hamilton também igualou o número taças do alemão. Portanto, é possível dizer que a esquadra impõe a maior supremacia já vista em 70 anos de F1.

Ao GRANDE PRÊMIO, durante uma entrevista coletiva promovida pela parceira Petronas, Wolff refletiu sobre seu próprio crescimento em meio ao trabalho de ocupar um dos postos centrais dessa história. O dirigente revelou que ainda se sente um pouco como em 2014, quando tudo começou, mas que as experiências o ajudaram a se tornar a pessoa de hoje em dia, embora admita que gostaria de “dizer um monte de coisa” ao Toto de seis anos atrás.

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Lewis Hamilton e Toto Wolff formam a parceria mais vitoriosa da história da F1 (Foto: Mercedes)

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“Ah diria muitas coisas para mim, como quando eu me comportei como um idiota. Ou quando não entendia muito bem o que tinha de fazer”, disse ao ser questionado pelo GP. “O nosso desenvolvimento é o que nos tornamos mais humanos. É muito de algumas experiências que vivemos. Eu não seria quem sou hoje se não fossem as lições que aprendi no passado”, completou.

“Tenho certeza de que quando eu olho para trás e penso em mim, cinco anos atrás, ainda me vejo como o mesmo idiota, com os mesmos erros”, brincou. “Mas acho que temos apenas de melhorar constantemente, é preciso olhar no espelho todas as noites e dizer: ‘Onde errei hoje? Onde eu estraguei tudo? Como posso evitar esses erros? É um exercício de reflexão, de ser honesto comigo mesmo. E isso se aplica a todos os momentos da vida, não só no lado profissional”, acrescentou o dirigente.

O chefão ainda falou sobre o que faz da Mercedes tão dominante. “Acho que quando a gente fala da equipe, nós estamos falando das pessoas. Muitas vezes se esquecem disso. Falam sobre o sucesso da Mercedes, mas são as pessoas aqui são o fator maior. Claro que é importante ter os recursos certos por atrás disso, mas o que importa mesmo é a mentalidade de cada pessoa nesta equipe”, afirmou o austríaco.

“Todos estão alinhados com os nossos valores. Integridade e lealdade. E o mais importante é estabelecer os objetivos corretos. E isso nos motiva a continuar pressionando até o limite. Fomos capazes de quebrar recordes na F1. mas não quer dizer que vamos deixar as coisas como estão agora. Nós sempre olhamos para frente, para o futuro, sem olhar para trás”, concluiu.

Wolff vai seguir à frente da Mercedes por mais três anos. O austríaco renovou o contrato e agora possui 33% das ações da equipe.

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