Chefe se diz confiante na permanência da Renault na F1 após 2020

Após o anúncio da revisão dos ramos da empresa, incluindo a Fórmula 1, Cyril Abiteboul, chefe da equipe Renault, disse que nova versão do regulamento técnico de 2021 pode ser fundamental para a permanência da equipe

A notícia sobre a possibilidade de a Renault deixar o Mundial de F1 depois de 2020 impactou como uma bomba o paddock da F1 nesta sexta-feira (25) de treinos livres do GP do México. Entretanto, Cyril Abiteboul, diretor da equipe aurinegra, procurou mostrar otimismo e confiança na permanência do time no grid para além de 2021.
 
A Renault se encontra em um momento de mudanças. No início do mês, o CEO da montadora, Thierry Bolore, foi afastado do cargo e substituído pela então diretora financeira, Clotilde Delbos. Em uma de suas primeiras ações à frente da empresa francesa, Delbos anunciou uma revisão de todos os ramos da empresa, incluindo o programa de Fórmula 1.
 
A declaração foi feita no mesmo momento em que todas as equipes da categoria estão recebendo as primeiras versões do regulamento técnico de 2021 e o Pacto de Concórdia, que é o documento que rege as relações comerciais da F1, como a distribuição de receitas. Quem assinar o Pacto garante a permanência na Fórmula 1 pelo menos até o ano de 2025.
 
Cyril comentou que é preciso calma em um primeiro momento para ver como será a Fórmula 1 em 2021: “Sejamos honestos: é um contrato completo, nós precisamos ver como que vai evoluir. Primeiro, nós precisamos ver o prazo marcado para o final de outubro e garantir que o Conselho Mundial vai ratificar o que foi enviado para as equipes, e vamos seguir a partir daí”, afirmou.
Cyril Abiteboul tentou transparecer otimismo sobre a permanência da Renault na F1 (Foto: Renault)

Abiteboul afirmou que a proposta atual é melhor que a apresentada anteriormente às equipes e está confiante que será ratificada. Isso seria uma peça fundamental para a permanência da equipe, que, em 2015, assinou um acordo que a mantém na F1 para além de 2020. Mas o engenheiro francês destaca que esse acordo inicial garantia a Renault apenas como fornecedora de motores, não necessariamente como uma equipe de fábrica. 


Para 2021, a McLaren já assinou contrato com a Mercedes para fornecimento de motores, de modo que a Renault, caso permaneça no grid, só tem contrato para entregar suas unidades de potência à equipe de fábrica.
 
Abiteboul é claro ao lembrar que a melhora da performance é essencial para sua permanência. “O mais importante é: podemos fazer uma projeção com confiança, com bons resultados e um custo razoável?”, afirmou o chefe da Renault.
 
Perguntado sobre a desclassificação de Daniel Ricciardo e Nico Hülkenberg do GP do Japão e se isso influenciaria na decisão a ser tomada, Cyril falou que o incidente aconteceu em um momento ruim, mas espera que não afete o planejamento estratégico de longo prazo da Renault.
 
No segundo treino livre para o GP do México, realizado na tarde desta sexta-feira (25), a Renault terminou no meio da tabela, com  Hulkenberg em nono e Daniel Ricciardo em 13º. Já a McLaren, que usa os motores Renault, foi melhor, com Carlos Sainz Jr. em oitavo e Lando Norris fechando o top-10.
 
A F1 volta a acelerar no Autódromo Hermanos Rodriguez neste sábado, a partir de 12h (horário de Brasília), com o terceiro treino livre, enquanto a sessão classificatória acontece às 15h. O GRANDE PRÊMIO acompanha o fim de semana do GP do México AO VIVO e em TEMPO REAL. Siga tudo aqui.

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