Chefe toma para si decisão de dispensar Räikkönen e diz que Leclerc “é o melhor para o futuro da Ferrari”

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (14) em Singapura, Maurizio Arrivabene disse que foi sua a decisão de encerrar o contrato de Kimi Räikkönen ao fim da temporada. No entanto, o dirigente deixou claro que há muito respeito ao “grande piloto e pessoa”

Maurizio Arrivabene falou a respeito da dispensa de Kimi Räikkönen como piloto da Ferrari ao fim da temporada. A decisão, que já vinha sendo dada como certa desde o fim de semana do GP da Itália, foi confirmada na última terça-feira. Depois de quatro anos da sua segunda passagem por Maranello, Räikkönen assinou com a Sauber até 2020. Para seu lugar, a Ferrari vai promover Charles Leclerc a titular a partir do ano que vem.
 
O chefe da Ferrari tomou para si a decisão de dispensar Räikkönen e afirmou que, para o futuro a longo prazo para a equipe, o nome de Leclerc é o ideal, o que justifica a decisão pelo jovem monegasco de 20 anos. Arrivabene afirmou que o contrato com Leclerc vai até o fim de 2022.
 
“É muito simples. É importante ver a situação da equipe, daqui a dois, três anos, e essa é uma justificativa suficiente para nossa decisão. É o melhor para a Ferrari. Preferimos um piloto jovem, que possa se desenvolver no futuro, e não é uma questão de olhar só para o ano que vem, mas para o futuro. Dessa forma, justificamos nossa decisão”, salientou o italiano durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (14) em Singapura.
Maurizio Arrivabene tomou para si a decisão de dispensar Kimi Räikkönen (Foto: Ferrari)

Sobre a saída de Kimi da Ferrari, Arrivabene foi taxativo. “A decisão foi tomada por mim. Não tenho nada contra Kimi, a relação com Kimi é boa. Ele é um grande piloto, uma grande pessoa. Para fazer meu trabalho de forma correta, busquei explicar a ele, que não tentou nos persuadir de forma alguma. Ele é um piloto profissional, jamais agiu de forma incorreta. Foi a decisão correta para nós e para Kimi”.

 
O dirigente confirmou que avisou ao finlandês sobre sua saída da Ferrari em Monza, mais precisamente na sexta-feira. Arrivabene disse que o anúncio mexeu com Kimi e, acredita, de forma positiva, como uma motivação a mais para brilhar no treino classificatório que lhe rendeu a pole com direito à volta mais rápida da história.
 
“Comuniquei a Kimi nossa decisão na sexta-feira. E ele ficou tão nervoso, tão irritado e descontente que no sábado ele fez a pole. Talvez deveria deixá-lo bravo em todo o fim de semana… Nossos pilotos são profissionais, não são meninos”, disse.
 
A respeito da forma como a Ferrari anunciou publicamente a saída de Räikkönen ao fim do ano, Arrivabene lembrou o comunicado um pouco mais extenso, rendendo elogios e homenagens ao veterano, ao contrário do que costuma fazer. O anúncio da contratação de Leclerc foi bem mais curto, de apenas uma linha, como é usual em Maranello.
 
“Nós fizemos o comunicado com um estilo diferente. Quebramos o protocolo da Ferrari, de usar uma linha, respeitando Kimi com isso”, disse.
 
Por fim, Maurizio respondeu sobre a possibilidade de trabalhar com ordens de equipe e colocar Räikkönen para ajudar Sebastian Vettel na luta pelo penta. O italiano desconversou e aproveitou para ironizar sobre a primeira volta do GP da Itália, há duas semanas, quando Vettel errou ao se defender de Lewis Hamilton e caiu para último, perdendo qualquer perspectiva de vitória.
 
“A única ordem que dou aos meus pilotos é que eles tragam o carro para casa sem nenhum arranhão. O problema em Monza é que não deu tempo para dar as ordens de equipe, porque, na terceira curva, vocês viram o que aconteceu”, concluiu.
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