Chefes de equipe e F1 agendam reunião para debater realização do GP da Rússia

Stefano Domenicali e chefes de equipe vão se reunir nesta noite para debater a realização do GP da Rússia de 2022. Discussão foi motivada após tetracampeão Sebastian Vettel descartar participação

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As equipes da Fórmula 1 vão se reunir na noite desta quinta-feira (24), em Barcelona, para discutir os efeitos da invasão russa na Ucrânia. Os chefes dos times devem discutir se o GP da Rússia, agendado para acontecer no dia 25 de setembro, no circuito de Sóchi, será realizado.

À imprensa, os chefes confirmaram que a decisão de reunião veio após o tetracampeão mundial Sebastian Vettel, piloto da Aston Martin, afirmar que não correria no país independente ou não do cancelamento da prova. Outros nomes como o atual campeão Max Verstappen e Pierre Gasly também falaram sobre o tema.

Os efeitos da invasão russa, que teve início na madrugada desta quinta-feira, já começam a aparecer no esporte. A agência Associated Press cravou que a UEFA optou por mudar a sede da final da Liga dos Campeões da Europa, em junho, que inicialmente seria em São Petersburgo.

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Nikita Mazepin fechou o GP da Rússia na 18ª posição (Foto: Haas)

Em nota divulgada antes do início do segundo dia de testes em Barcelona, a Fórmula 1 afirmou monitorar o desenvolvimento da situação e optou por não comentar sobre a realização da corrida. Stefano Domenicali, diretor-executivo do Liberty Media, comentou sobre a observação.

“A Fórmula 1 está tentando controlar a situação. Temos uma reunião entre nós para entender a situação e como lidar. A F1, nesta situação, não é o mais importante. O que acontece lá é muito triste”, afirmou.

“No momento, nós podemos apenas tentar ter, entre nós, a discussão e entender as implicações, e qual a melhor escolha para o futuro. Mas a F1, nesta situação, não é a mais importante. O mais importante é o que acontece lá, e como disse, é muito triste”, completou.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia:

Na segunda-feira (21), o presidente russo Vladimir Putin reconheceu, em decreto, a independência das províncias separatistas de Donetsk e Luhansk. O movimento gerou sanções da União Europeia e dos Estados Unidos ao governo e a empresas do país, aumentando também o medo de um confronto na região.

Nesta quinta-feira (24), a tensão escalou de vez no leste europeu, já que a Rússia atacou a Ucrânia em um movimento classificado por Kiev como uma “invasão total”. Às 5h45 [23h45 de quarta-feira, no horário de Brasília], Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou em um pronunciamento uma “operação militar especial” para “proteger a população do Donbass”, uma área de maioria étnica russa no leste ucraniano.

O comando militar russo alega que “armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas da Ucrânia”. De acordo com a rede britânica BBC, há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades do país ― não só em Donbass, onde grupos separatistas foram reconhecidos pela Rússia.

Na TV, Putin afirmou que a Rússia não planeja uma ocupação da Ucrânia, mas ameaçou com uma resposta “imediata” qualquer um que tente interromper a operação atual. O mandatário russo recomendou que os soldados ucranianos se rendam e voltem para casa. “Do contrário, a própria Ucrânia seria culpada pelo derramamento de sangue”, considerou Putin.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky decretou lei marcial em todo o país, instaurando regime de guerra e convocando grande parte dos reservistas das forças armadas. Nas últimas horas, são inúmeras imagens de cidadãos ucranianos tentando fugir da capital Kiev de carro ou utilizando transporte público, mas o trânsito está bastante engarrafado. Há filas em caixas eletrônicos e supermercados.

Segundo autoridades ucranianas, há ao menos sete mortos e 19 desaparecidos até agora. É a mais grave crise militar da Europa envolvendo uma potência nuclear e uma das maiores desde a Segunda Guerra Mundial.

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