Chegada de jovem Verstappen à Red Bull em 2016 tira marca registrada de Ricciardo: seu grande sorriso

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Quando a Red Bull confirmou o castigo de Daniil Kvyat em maio, o rebaixando para a equipe satélite, a Toro Rosso, a F1 viveu dias de tensão. Mais jovem piloto do grid, como Max Verstappen iria se comportar com um carro bem mais competitvo nas mãos?
 

A resposta viria prontamente na etapa de estreia do holandês, na Espanha. Um acidente na largada envolvendo as duas Mercedes, que as obrigaria a abandonar a prova, abriu um caminho quase que com um tapete vermelho estendido para que ele conquistasse a vitória.
 

Verstappen, então, começou a se fazer ainda mais conhecido e a gravar seu nome nos livros da história da F1. O filho de Jos, além de mais jovem a ganhar uma corrida, também era aquele que não obedecia a ordens de equipe, que não deixava os adversários passarem e que disputava posições sem medo das consequências.
 

Enquanto isso, na garagem ao lado, Daniel Ricciardo sofreria um forte golpe do destino – e de uma má estratégia da equipe austríaca, logo na etapa seguinte. Largando da pole-position em Mônaco e com chances reais de vitória durante toda a prova, os tetracampeões erraram nas paradas, fazendo o competidor chegar apenas na segunda colocação. Aí, começava a pressão.

Nas três corridas seguintes, o australiano viu Verstappen cruzar a linha de chegada à sua frente em duas oportunidades diferentes. Em uma delas, na Áustria, um pódio na segunda colocação foi um golpe duro na confiança do australiano.
 

Até que chegou o GP da Inglaterra. O competidor do carro #3 poderia ter pressão em seus ombros, mas de uma coisa poderia se orgulhar: havia se classificado à frente do companheiro em todas as etapas. Ao menos até aquele momento.
 

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Ele largaria em quarto, enquanto Verstappen seria o terceiro.  O fato, obviamente, mexeu com seu psicológico, e ele chegou a afirmar que era uma “merda ser batido”, pois o desejo de qualquer piloto é de uma temporada perfeita.
 

O alívio chegou para Ricciardo apenas na etapa da Hungria. Lá conquistou seu primeiro pódio, com um terceiro posto, desde o episódio da prova em Mônaco. Na época, reconheceu que o sorriso voltara ao seu rosto. Na semana seguinte, na Alemanha, era a vez da dobradinha fazer a alegria de todos da Red Bull.
 

Agora, colocando ambos lado a lado, é possível concluir algumas coisas. É evidente que pesa a favor o fato de que Ricciardo está em terceiro no Mundial de Pilotos com 133 pontos, enquanto Verstappen é apenas o sexto com 115.
 

No entanto, é necessário lembrar que o filho de Jos correu as quatro primeiras etapas da temporada 2016 defendendo a Toro Rosso. Mais que isso, depois de ter sido promovido para o time principal dos energéticos, já conquistou 102 tentos contra 97 do companheiro.
 

O australiano chegou a ser questionado se sentia medo do piloto de 18 anos. Com seu jeito brincalhão, afirmou que só temia “tubarões e cobras”, reforçou o bom relacionamento com o colega e elogiou seu desempenho.
 

Ricciardo estaria sofrendo, então, o que fez Sebastian Vettel passar quando foi promovido para a Red Bull, em 2014. Na época, o desempenho e talento do tetracampeão foram questionados, já que um jovem australiano do sorriso largo estava o superando em quase todas as provas.
 

A rivalidade entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton nesta temporada tem dado uma animação extra para a F1. No entanto, ficar de olho nos jovens companheiros do time austríaco com certeza também deve garantir alguma emoção para a segunda metade do campeonato, especialmente porque a própria Mercedes já teme a concorrência de uma Red Bull bem mais forte agora.