China vê “enorme incerteza” sobre corrida em abril e mira data no segundo semestre

O GP da China, que já foi cancelado em 2020 pela pandemia do novo coronavírus, corre o risco de ser adiado na temporada 2021. A organização já trabalha com a possibilidade e conversa com a Fórmula 1 sobre novas datas para o segundo semestre

Novo ano, mesmo cenário. Depois de diversos problemas para montar o calendário de 2020 por conta da pandemia de Covid-19, a Fórmula 1 enfrenta dificuldades também em 2021. O GP da China, já cancelado no ano passado, pode ser adiado para o fim da temporada devido ao novo coronavírus.

A primeira corrida de 2020 ameaçada é justamente a abertura, na Austrália. Melbourne, sede do circuito Albert Park, se prepara para receber o Australian Open, de tênis, em fevereiro, e o governo local determinou quarentena de 14 dias para qualquer pessoa que desembarque na Austrália. A restrição torna a corrida de Fórmula 1 inviável, já que forçaria pilotos e equipes a viajarem três semanas antes da corrida, batendo com a pré-temporada, que acontece entre os dias 2 e 4 de março.

Agora, é a vez da etapa chinesa, marcada inicialmente para ser a terceira no campeonato, entrar na lista de possíveis adiamentos. A corrida, em Xangai, está marcada para o dia 11 de abril, mas os organizadores do GP já confirmam a chance de mudar a data para o fim do ano.

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Etapa da China de 2021 corre o risco de ser adiada para o segundo semestre (Foto: Sutton Images/Pirelli)

“Estamos em contato com a F1 através de reuniões quase todas as semanas. Apesar do calendário estar definido, acredito que há uma enorme incerteza de que a corrida acontecerá na primeira metade do ano, em abril. Estamos dispostos a trocar para a segunda metade do ano e pedimos formalmente na esperança de mudar para outro semestre”, disse Yibin Yang, diretor da promotora do evento, ao site Autosport.

A China não recebe nenhum evento esportivo internacional desde o início da pandemia de Covid-19, inclusive já cancelando a corrida de Sanya da Fórmula E, além de testes visando as Olímpiadas de Inverno de 2022.

“Para mudar [a corrida] para o segundo semestre, depende do plano governamental da cidade. Se colocarmos todos os eventos na parte final do ano, vai extrapolar a capacidade da cidade. Para sediar um evento com sucesso é preciso massivo apoio público com recursos, polícia e departamento de saúde”, completou.

O Bahrein deve abrir o campeonato, assim como em 2006 e 2010. O circuito de Sakhir recebeu duas das três corridas finais de 2020, enquanto o GP da Austrália será inicialmente realocado para uma data futura, o que é um problema para a categoria, já que o segundo semestre está congestionado e com diversas corridas consecutivas. A Fórmula 1 planejou um calendário recorde de 23 etapas.

Outra incógnita no calendário é sobre a etapa do dia 25 de abril. Em tese, a data receberia o GP do Vietnã, que foi por água abaixo ainda no ano passado com a prisão de Nguyen Duc Chung, membro do governo de Hanói, por corrupção. Segundo informação do site Motorsport Week, Ímola, na Itália, é a praça favorita a ocupar a data. O histórico circuito recebeu o GP da Emília-Romanha em 2020.

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