Horner diz que punição por teto de gastos já atrapalha preparação da Red Bull para F1 2023

De acordo com o chefe taurino, o trabalho feito no túnel de vento e nos simuladores já mostra que "há um efeito" claro da punição imposta pela FIA — resultado da infração da equipe dos energéticos quanto ao limite orçamentário da Fórmula 1

A punição imposta pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) a Red Bull, por conta da infração do teto de gastos, já afeta a preparação taurina para a temporada de 2023 da Fórmula 1 — de acordo com o chefe Christian Horner.

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Após não cumprirem com o limite orçamentário estabelecido pela F1, os taurinos foram punidos em US$ 7 milhões (cerca de R$ 35 milhões, na cotação atual) pela entidade, além de uma redução de 10% do tempo disponível para o desenvolvimento aerodinâmico.

“Nós provavelmente já passamos por 25% da punição, e claro que há um efeito. A quantidade de sequências que podemos fazer no nosso túnel de vento é significantemente limitadora. E acho que o time está tendo de se adaptar a isso, o que significa que você precisa apenas estar mais focado e disciplinado durante o processo de testes — no túnel ou nos simuladores”, revelou Horner.

Red Bull já sente o impacto da punição por teto de gastos (Foto: Red Bull Content Pool)

“É mais um desafio. E é uma desvantagem para 2023, com certeza, mas temos pessoas muito capazes e que estão, obviamente, extraindo o melhor que possivelmente podemos — da maneira mais eficiente e eficaz possível”, completou o chefe da equipe dos energéticos.

Mesmo punido, devido ao novo regulamento técnico da principal categoria de automobilismo do mundo, Horner elogiou a intenção e os resultados iniciais da renovada era da Fórmula 1. No entanto, o chefe taurino reiterou que as regras ainda precisam de aperfeiçoamento.

“O princípio é ótimo e é impulsionado pela eficiência. Se eu olho para os negócios agora, comparando como era quatro ou cinco anos atrás, posso dizer que (antigamente) teríamos acabado com um monte de estoque de peças de reposição novas que nunca foram usadas, e então elas virariam apenas sucata. Agora, você simplesmente não pode se dar ao luxo de ter isso. Você tem que ser muito eficaz e eficiente. Então, desse ponto de vista, há uma injeção de eficiência na F1. (Sistema) se livrou do desperdício que estava lá e ninguém enxergava”, afirmou.

“O regulamento ainda está muito imaturo, apenas no segundo ano. Regras ainda estão evoluindo e sendo aperfeiçoadas. Conforme (regras) vão sendo apresentadas ao lado do negócio que envolve os motores — e penso que, principalmente, isso é uma boa coisa para a F1 e cria um grid mais balanceado —, acho que há também certos elementos que ainda precisam de ajustes finos”, seguiu. “No momento, estamos vendo uma discrepância entre as regras financeiras do chassi e as regras financeiras do motor. Pelo lado do chassi, podemos ter uma festa de Natal — pelo lado do motor, não. Então existem certas coisas que ainda precisam de equilíbrio, consistência entre os limites. Mas, em geral, é algo positivo”, destacou.

“Acho que há ainda, talvez, muito peso no sentido de que estamos fazendo o design de unidades de potência muito caras, carros muito caros, porque as regras te levam a isso. No regulamento técnico e esportivo, particularmente sobre o chassi de 2026, precisamos olhar mais para o custo direcionado de tais regras — o que vai, consequentemente, colocar menos pressão no teto de gastos em si”, apontou, por fim, o chefe de equipe da Red Bull.

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