Cofundador do CVC planeja demitir Ecclestone caso dirigente seja condenado por suborno a banqueiro

Em julgamento de Bernie Ecclestone na Inglaterra, Donald Mackenzie, cofundador do grupo financeiro CVC, disse que a demissão do chefão da F1 não está fora de cogitação

Pode até soar estranho, mas Bernie Ecclestone pode ser demitido da F1. É o que o cofundador do grupo financeiro CVC, Donald Mackenzie, declarou à corte londrina que investiga a venda das ações da categoria em 2005 em audiência realizada nesta segunda-feira (18). Em São Paulo para o GP do Brasil, o executivo-máximo da F1 não compareceu.

Ecclestone admite ter pago uma quantia de cerca de R$ 40 milhões ao banqueiro alemão Gerhard Gribkowsky, preso em 2012, para evitar problemas com a transação. Segundo a justiça de Munique, o pagamento foi de mais de R$ 90 milhões. O dirigente de 83 anos alega que foi chantageado por Gribkowsky, que trabalhava para o banco BayernLB.

Bernie Ecclestone responde por um suposto caso de suborno na venda da F1 (Foto: Getty Images)

O caso está sendo investigado pelas justiças inglesa e alemã. Na Inglaterra, o processo foi movido pela empresa germânica de telecomunicações Constantin Medien, antiga EM.TV, que alega ter sido prejudicada e perdido bilhões na duvidosa negociação. A firma havia assinado um contrato com Bernie para trabalhar com a venda de pacotes de pay-per-view da F1 e acusa Ecclestone de favorecer o CVC para continuar comandando a categoria.

Mackenzie afirmou que, “se ficar provado que Ecclestone estava fazendo algo que seja criminalmente errado, seria demitido”, reportou a agência de notícias ‘Reuters’. O próprio Ecclestone já admitiu, tempos atrás, que deixará o comando da F1 em caso de condenação.

Ele relatou, ainda, que Bernie só o contou sobre o pagamento efetuado a Gribkowsky em fevereiro de 2011. “Ele me contou que teve um encontro com um colega que o lembrou que ele fizera pagamentos a Gribkowsky e pediu desculpas por ter se esquecido disso. Falou-me que nunca havia mentido para mim, e devo dizer que eu tive dificuldades para acreditar que você pode ter esquecido um pagamento de R$ 90 milhões”, falou.

O empresário ressalta, contudo, que o investimento feito na F1 foi de muito sucesso, um dos dez principais acordos já feitos pelo CVC, “exceto pela publicidade negativa, e esse julgamento é um bom exemplo disso”.

As audiências em Londres continuarão no próximo mês. Enquanto isso, a justiça da Alemanha está prestes a decidir se Ecclestone será acusado de suborno.

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