Herta prega foco por título da Indy, mas admite sonho por F1: “Sei que pode acontecer”
Colton Herta revelou que analisou com Andretti "todas as sessões" de 2024 para entender como título da Indy ficou pelo caminho
Colton Herta reconheceu que pode migrar para a Fórmula 1 em 2026 e ser um dos pilotos da Cadillac, que usa a estrutura da Andretti, equipe que defende na Indy. Em entrevista coletiva acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO, o norte-americano admitiu a possibilidade de mudar de categoria, mas garantiu que o foco está no título do certame de monoposto norte-americano em 2025.
Herta está em localização privilegiada e tem visto bem de perto toda movimentação entre Cadillac e Andretti. Mario Andretti, por exemplo, assumiu um cargo na diretoria da equipe da F1 — e falou abertamente que Colton é um dos favoritos à vaga. Entretanto, o piloto tentou despistar sobre a mudança de categoria durante o Content Day, evento desta terça (14) e quarta-feira (15), quando os pilotos da Indy gravam os materiais de divulgação para o campeonato, assim como realizam entrevistas coletivas no Indianapolis Motor Speedway.
“Sei a matemática para ter a superlicença. Se algo acontecer, ótimo. Se não, vou continuar o trabalho aqui na Indy”, falou Herta, que obteve a pontuação necessária para correr na F1 com o vice-campeonato na Indy em 2024.
“Sei que as coisas podem acontecer, estou vendo ao meu redor, mas o foco agora é no título da Indy. Estou concentrado nisso. Se as portas se abrirem, tenho de pensar, pois não é uma decisão simples a tomar. Envolve muita coisa”, completou.

Herta despontou do meio para o final do campeonato, sobretudo após vencer o GP de Toronto, quando o piloto encerrou o jejum de 799 dias sem vitórias na Indy. Com bons resultados, o norte-americano escalou a tabela de classificação e terminou na segunda posição do campeonato, atrás somente do tricampeão Álex Palou.
Para Herta, o resultado aconteceu graças à evolução da Andretti nos ovais curtos, onde amealhou bons pontos e subiu ao pódio em Milwaukee. O #26 ainda venceu em Nashville, um circuito oval, mas que possui dimensões um pouco maiores.
No entanto, apesar de ter sido vice, Herta não foi um postulante ao título. Ele chegou em Nashville, etapa decisiva da temporada, sem chances de ser campeão. Ansiando o troféu ao final de 2025, o norte-americano e sua equipe de trabalho revisitaram todas as sessões de 2024, buscando encontrar soluções para que o resultado no fim desta temporada seja o lugar mais alto da tabela de classificação.
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“Faltava algo em ovais curtos e perdíamos muitos pontos lá, mas melhoramos muito nesse tipo de pista. Isso fez a diferença para nós. Não acho que em mistos ou nos circuitos de rua tínhamos algum déficit, mas melhorar nos ovais menores foi fundamental para ter sido vice. Mas não fiquei feliz de ser segundo. Claro, um bom resultado, uma evolução, mas é o título o alvo. Sempre”, disse Herta.
“Uma longa pré-temporada, então revisamos tudo, sessão por sessão, olhamos para o que nos fez ficarmos atrás. Bati na Indy 500, bati em Detroit, teve a bandeira amarela em Iowa [no momento em que Herta estava nos pits] e a falha mecânica em Milwaukee. Isso fez a diferença no final. De repente, poderia ter tido a chance de ser campeão. Tem algumas coisas que podemos mudar e trazer algo a nosso favor”, continuou.
“Nas corridas em ovais, tudo precisa ser perfeito: estratégia, paradas e sempre guiar no limite. Em Nashville, tudo isso deu certo. Nada disso era novo, sabia que poderia fazer, então, vencer em ovais não foi uma surpresa”, encerrou.
A Indy retorna somente no dia 2 de março do próximo, com o GP de St. Pete, na Flórida, que abre a temporada 2025. Já a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa de todos as atividades.

