Coluna Apex, por Andre Jung: Água fria

Após uma vitória que caiu no colo em Baku, Hamilton voltou a ser Hamilton em Barcelona, largando da pole e controlando a corrida como gosta. Na pré-temporada, as Mercedes foram muito rápidas nessa pista e a corrida só confirmou que seu carro está à frente de todos no traçado catalão

Que o GP da Espanha costuma ser dos mais monótonos todo mundo sabe. Esse ano números da meteorologia apontavam alto risco de chuva durante a prova, mas ela não veio, e o que restou foi um banho de água fria.

 
Após uma vitória que caiu no colo em Baku, Hamilton voltou a ser Hamilton em Barcelona, largando da pole e controlando a corrida como gosta. Na pré-temporada, as Mercedes foram muito rápidas nessa pista e a corrida só confirmou que seu carro está à frente de todos no traçado catalão.
 
Bottas perdeu o segundo posto na largada e teve de ter paciência até que a primeira rodada de pit-stops abrisse a oportunidade para que ele retomasse o lugar de origem para seguir em segundo até o final.
 
Se a Espanha foi entusiasmante para a Mercedes, por outro lado foi desapontadora  para o campeonato: Lewis abriu vantagem, a Ferrari patinou com nova quebra de Räikkönen e a Red Bull, que prometia encostar, não correspondeu. Fora isso, a distância das três equipes grandes para as equipes intermediárias aumentou, o que deixa Renault e McLaren sem muitas razões para sorrir.
 
Sem razões para sorrir também está Romain Grosjean. Com esse abandono ele já soma nove provas seguidas sem pontuar, cinco delas nesse ano em que a Haas tem um carro capaz de pontuar em todas as corridas. Depois de um início muito acidentado, quando entrou na F1 para substituir Nelsinho Piquet, profundamente desgastado com Flavio Briatore, Grosjean foi sacado da categoria, voltou à GP2, ganhou uma nova chance e aí sim começou a mostrar consistência para justificar a admiração que Briatore demonstrara.
(Ilustração: Marta Oliveira)
Foi contratado pela Haas para liderar o projeto F1 do time americano e desde sempre decepcionou. Suas reclamações sobre os freios foram recorrentes em toda primeira temporada da Haas, na segunda temporada começou a ser constantemente superado por Kevin Magnussen, e agora, quando o carro é bom, comete um fiasco atrás do outro. 
 
Não sei bem como é o acordo da Ferrari com a Sauber, mas Leclerc na Haas seria algo interessante de se ver. Depois de certa dificuldade no início do ano, quando revelou ter de adaptar seu estilo de pilotagem aos modernos F1, o jovem monegasco começou a corresponder. Em Barcelona, esteve sempre na zona de pontuação e só foi superado por Alonso – e depois por Pérez – perto do final da prova, quando seus pneus dianteiros acabaram.
 
Na lista de decepções vem também Brendon Hartley. Em 2017, chamado às pressas, como atenuante, teve de lidar com o final do campeonato da WEC, onde foi bicampeão, e as agruras da Toro Rosso, então em sério conflito com a Renault. Tivesse desempenho próximo ao de Pierre Gasly, o acidente do treino livre seria absorvido com certa naturalidade. Diante das performances que tem apresentado, pode ter sido sua carta de demissão.
 
Falar da Williams e seus dramas já tornou-se repetitivo. É triste ver um time tão importante, com um patrocinador tão tradicional, se arrastar pela pista a cada final de semana. Lance Stroll conseguiu se livrar bem da confusão protagonizada por Grosjean e dali em diante correu com a faca nos dentes na tentativa de pontuar. Quando disputas em que estava envolvido eram mostradas, ficava nítido o comportamento errático do carro, muito instável, parecendo escapar em quase todas as curvas.
 
Trazendo tanto dinheiro, Stroll não deve permanecer na Williams em 2018 – a não ser que o pai decida comprar a equipe. E, com a anunciada saída da Martini ao final da temporada, o time que tem o pior carro do ano vê um horizonte obscuro pela frente. De positivo, Robert Kubica voltou a andar de F1 num final de semana de GP e na sexta deixou Stroll 1s2 atrás, mas revelou que o carro é praticamente inguiável.
 
Depois de um início de temporada cheio de variáveis, o GP da Espanha veio para confirmar que assistir a F1 pode ser um programa bastante chato.
 
Enquanto isso…
 
a McLaren, muito arrogante no período recente com a Honda – quando afirmavam ter o melhor chassi da F1 – pode terminar o ano como a terceira – e última – força entre os carros com motores Renault…
 
… Sirotkin, Vandoorne e Hartley podem ser trocados por qualquer piloto da F2  que ninguém vai notar muita diferença…
 
A NOVA ESTRELA DA FÓRMULA E

DECISÃO DE MASSA PELA FE É OUSADA, CORAJOSA E MUITO SEGURA

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