Coluna Apex, por Andre Jung: Uma estrela no banco de réus

Pude notar que o clube dos inimigos de Max Verstappen esteve ativo como nunca, com textos raivosos, decretando a incompetência emocional e duvidando do caráter do rapaz, enchendo as caixas de comentários em quase todas as plataformas

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Vivemos dias em que julgamentos, dentro e fora dos tribunais, produzem sentenças aos montes. Com meio mundo ansioso para julgar, o comportamento de torcida transbordou dos estádios e autódromos para as redes sociais, e daí para mesas de bares, prostíbulos e salas de família. O mais novo réu do tribunal do sofá é um garoto holandês que vem causando na F1 desde sua estreia na categoria, em 2015. Agora que inicia sua quarta temporada, já é considerado veterano por gente do calibre de Niki Lauda. Veterano na F1 aos 20 anos de idade, o que me parece um paradoxo.
 
Quem já teve 20 anos, e acredito que poucos leitores dessa coluna ainda não completaram essa idade, sabe que resta muito chão para amadurecer. Voltando no tempo, me recordo que quase todos os jovens prodígios que vi alçados à categoria principal, quando não tombaram pelo caminho, chegaram ao título. Foi assim com Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Michael Schumacher, Jenson Button, Fernando Alonso, Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e não duvido que assim será com Max Verstappen.
 
Acompanhando o noticiário que sucedeu o GP da China pude notar que o clube dos inimigos de Verstappen esteve ativo como nunca, com textos raivosos, decretando a incompetência emocional e duvidando do caráter do rapaz, enchendo as caixas de comentários em quase todas as plataformas. Agem como se esse menino de 20 anos já fosse um homem feito, velho conhecido do admirável público.
(Ilustração: Marta Oliveira)

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Os números dele são impressionantes – assim como seu controle de carro. Estejam certos de que não há equipe que não inveje a Red Bull por contar com Verstappen. Discursos como o de Lauda tem muito mais a ver com uma estratégia para desestabilizar o adversário do que com uma avaliação sincera. Verstappen tornou-se estrela essencial para uma F1 que precisa renovar seus astros e atrativos. Por ele, ou contra, o público das corridas tem um motivo forte para acompanhar o campeonato.
 
A Ferrari, beneficiada pelo safety-car na Austrália, dessa vez viu o outro lado da moeda. Isso basta para tornar injusto o comentário pós-corrida na China, em que o alemão criticou a direção de prova por liberar o carro de segurança após a passagem dos dois líderes. No entanto, até ali a equipe de Maranello já havia comido bola ao perder a liderança da prova para Valtteri Bottas ainda na primeira rodada de pit-stops. O finlandês da Mercedes fez uma prova excelente, largou bem, colocou Vettel na mira e corria para a vitória.
 
Hamilton teve um final de semana difícil e não está se entendendo com os pneus. Quando é assim, também parece ficar desmotivado. Teve sorte ao pontuar mais do que Vettel, ajudado pela manobra desastrada de Verstappen, mas já coleciona um bom número de corridas sem vencer e precisa reagir.
 
Vettel continua paz e amor. Foi compreensivo com Verstappen quando esse foi procurá-lo para desculpar-se, e nas entrevistas pós-corrida fez questão de não dar corda aos que queriam extrair críticas.
Max Verstappen (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

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Embora essa coluna tenha como eixo o questionamento da jovem estrela da Red Bull, o grande nome da prova foi, sem dúvida, seu companheiro de equipe, Daniel Ricciardo. O australiano fez uma demonstração soberba de que é o piloto que melhor ultraapassa na categoria. Depois de Verstappen sair do seu caminho por conta própria, Daniel caçou e ultrapassou todos à frente, sem enrolação, com manobras ousadas, em diversas partes do circuito. Uma aula como há muito não se via.
 
Outro a destacar é Nico Hulkenberg, que voltou a pontuar, mantendo uma tranquila supremacia sobre Carlos Sainz Jr. Assim se confirma o talento, que pouco tempo atrás a ser questionado em tempos recentes.
 
Enquanto isso…
 
…A FIA anuncia linhas gerais para a F1 a partir de 2021 que incluem o fim da restrição ao consumo de combustível…
 
…É uma questão polêmica que divide de um lado os que acreditam que a categoria tem obrigação de criar e desenvolver tecnologia para uso urbano e de outro os que querem ver os pilotos de pé embaixo o tempo todo, sem restrições…
 
…Assim, os pilotos chegariam ao final das provas acelerando o quanto o carro aguentar, sem preocupação com consumo. Um F1 irá largar – se o reabastecimento não voltar a ser permitido – com quase uma tonelada!
 
SURPRESA AGRADÁVEL APESAR DOS PORQUÊS

TEMPORADA 2018 COMEÇA COM F1 DEPENDENTE DO IMPONDERADO

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