Com aumento de performance em vista, Mercedes faz mudança programada e usa segundo motor do ano no Canadá
Após problemas de desempenho ocorridos com pneus hipermacios em Mônaco, Mercedes ressaltou trabalho duro para se adaptar aos compostos. Paralelamente, a equipe alemã espera dar um passo além com a introdução de motores novos no GP do Canadá do próximo fim de semana
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Com a temporada 2018 da Fórmula 1 chegando ao fim de seu terço inicial, a Mercedes prepara a primeira troca de motores nos dois carros. A equipe alemã espera aproveitar as características da pista de Montreal e obter considerável ganho de desempenho com as novas unidades, respondendo, assim, à concorrência de Ferrari e Red Bull.
A despeito da equipe austríaca, que vem sofrendo com sucessivos problemas e trocas de partes, principalmente do motor cinético, a Mercedes fará suas substituições de maneira programada, se alinhando ao planejado por outras equipes. Neste ano, o limite de partes da unidade de força disponíveis para a temporada é de três. Apesar da concorrência maior pelo título neste ano, o diretor-executivo Toto Wolff ressaltou o valor da estratégia da marca de Stuttgart perante a ameaça das rivais.
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“Esperamos um certo número de construtores realizando a troca programada de suas unidades de potência neste fim de semana e estamos trabalhando duro para trazer mais performance ao carro assim que possível. Podemos ver que estamos em uma posição mais forte em ambos os campeonatos do que estávamos 12 meses atrás, mas também sabemos que a batalha está mais feroz, com a gente, Ferrari e Red Bull na briga por vitórias em todas as corridas. Não há momento para relaxar”, analisou.
Apesar do circuito de Gilles Villeneuve ser o lugar de maior sucesso de Lewis Hamilton na F1, com seis vitórias — incluindo os três últimos anos — os problemas da Mercedes com os pneus hipermacios, explicitados em Mônaco, preocupam o corpo técnico, de modo que Wolff considera que pouco valerá o histórico favorável caso a questão dos compostos não seja resolvida. A etapa canadense utilizará os mesmos tipos de pneus que a corrida de Monte Carlo: super, ultra e hipermacios.
“Nos anos recentes a Mercedes se saiu bem em Montreal, sendo um dos circuitos de maior sucesso de Lewis. Todavia, desempenhos passados não garantem sucesso neste ano. Precisamos garantir que extrairemos o máximo de cada composto — incluindo o hipermacio — se quisermos prevalecer no topo neste fim de semana”, avaliou.
Dada a sinuosidade do circuito monegasco, a real extensão do problema pode, até mesmo, ter sido escondida. Essas dificuldades também chamaram a atenção do engenheiro-chefe da equipe alemã, Andrew Shovlin. O inglês ressaltou a carga especial de trabalho destinado à adaptação aos hipermacios e afirmou que, em um traçado de muitas ultrapassagens — como o canadense — tais imbróglios podem ser maximizados, o que gera urgência na solução.
“Estivemos trabalhando bastante nisso durante a semana. Vimos pessoas para cima e para baixo na mesma situação mas, crucialmente para nós, Ferrari e Red Bull parecem estar mais fortes. Temos uma boa ideia do que deu errado e trabalharemos um pouco mais para entender tudo plenamente, pois só assim chegaremos ao topo em Montreal. Usaremos os mesmos pneus de Mônaco e podemos ter problemas similares aos de lá, portanto precisamos ter certeza de que não estaremos expostos. Em Montreal, caso você perca ritmo e sofra com desgaste, os outros te passarão muito facilmente”, comentou Shovlin.
A Mercedes atualmente lidera o Mundial de Construtores e tem Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, respectivamente, na primeira e quarta posição do Mundial de Pilotos. A largada para o GP do Canadá ocorre no próximo domingo (10) às 15h10 (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.
AFINAL DE CONTAS, MÔNACO MERECE OU NÃO CONTINUAR NA F1?
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