Com condição de vencer para ficar na McLaren, questão que fica no ar é: para onde Alonso vai em 2018?
Fernando Alonso já está vendo o que será de sua vida na F1, se houver, na próxima temporada caso siga à risca a determinação que revelou nesta quinta-feira no Canadá. Como dificilmente a Honda vai arrumar um motor ganhador em pouco menos de três meses, o espanhol deve largar a McLaren. A não ser que as regras não sejam seguidas, um novo motor (Mercedes) apareça e Zak Brown seja o mais persuasivo do mundo
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Segundo o regulamento da FIA, qualquer equipe da F1 tem de informar à entidade qual será o motor com o qual vai disputar a temporada seguinte antes da primeira semana de maio. O caso mais evidente desta situação é o da Sauber, que justamente neste período de 2017 anunciou o que vinha sendo especulado há meses: o acordo com a Honda. Não havia por que esconder, na verdade, até porque a montadora em questão precisava de alguma manchete minimamente positiva diante do problema de dois anos e meio que vive com a McLaren.
1) Não largou na Rússia e reclamou abertamente que a unidade de potência era 3 segundos mais lenta que o resto.
2) Largou em um surpreendente sétimo lugar frente a seu público em Barcelona e despencou depois do toque com Felipe Massa após a largada, mas admitiu que desceria o pelotão mesmo em condições normais
3) Classificou-se em quinto nas 500 Milhas com um motor Honda trocado às pressas, liderou a corrida por 27 voltas e abandonou porque o propulsor estourou a 20 giros do fim.
Zak Brown vinha fazendo das tripas coraçãozinho para convencer Alonso a ficar na McLaren. Repentinamente, e ainda em Indianápolis, o chefe mudou o discurso e disse que nada mais que dissesse poderia fazê-lo a tomar sua decisão. Passada a euforia que foi a Indy 500, a vida real se fez presente. E este discurso modificado se intensificou em uma ameaça clara e forte: o limite foi atingido. Ou a Honda melhora ou o contrato vai virar fumaça junto com o próximo estouro em pista.
Nesta quinta-feira (8), Alonso estava lá ao lado de Lewis Hamilton na coletiva de imprensa da FIA em Montreal. A melhor frase dele foi sobre o assunto. “Temos de vencer. Se vencermos até setembro, vou ficar”. O que significa dizer também que o prazo é a primeira corrida pós-férias da F1, o GP da Bélgica. Isto é: a Honda tem mais cinco corridas pela frente, do Canadá à Hungria, para achar um caminho que não parece nem saber onde começa. Depois de um mês de trabalho intenso, ou apresenta um resultado surpreendente numa pista que precisa demais do motor, ou Alonso cai fora.
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