Com contrato por vencer, Massa tem impasse: cozinhar o galo na Williams ou liderar ‘remontada’ na Renault

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É inegável que Felipe Massa foi extremamente útil para que a Williams ressurgisse das trevas e voltasse a figurar no pelotão dianteiro da F1, chegando a ser a terceira força do Mundial em 2014 e em 2015. Porém, também é inegável que esses tempos áureos já não são mais realidade e que a equipe de Grove estagnou num marasmo de sétimos e oitavos lugares, quando muito. E Massa também estagnou por lá neste errático 2016.

O brasileiro, cujo contrato vence no final deste ano, chegou em 2014 e trouxe algo revigorante para o time inglês. A capacidade de entender e adaptar o carro – fruto da experiência acumulada nos últimos 14 anos de F1 – foi um diferencial para que a Williams voltasse a sonhar com o protagonismo na categoria, juntando-se à chegada do motor Mercedes e do talento de Valtteri Bottas. A fórmula havia dado certo.

Felipe Massa fica na Williams ou vai buscar vida nova em outra equipe? (Foto: Getty Images)

Mas 2016 chegou e todo o otimismo da pré-temporada foi pro saco. E Massa não tem mais o que fazer por lá além de gastar seus últimos anos restantes na F1 lutando pra pontuar. Uma mudança faria bem para a Williams e para o brasileiro. Para a equipe, um novo modus operanti para seguir em frente a partir do que Felipe deixou; para o piloto, um novo desafio na carreira.

E esse novo desafio é desejado pelo próprio piloto, que só pretende continuar na F1 se puder ser útil de alguma forma. Isso, de algum modo, é uma pista de que ele não continua no time britânico. E esse desafio – um enorme desafio, por sinal – pode estar na Renault, que voltou à categoria agora em 2016 e faz uma temporada deplorável, muito pelo carro fraco, mais ainda pela insossa dupla de pilotos.

A Renault tem um projeto para voltar a vencer na F1, mas está com dificuldades para vendê-lo, já que os possíveis candidatos não veem credibilidade nessa tentativa de retomada do time francês. Com todo o respeito acumulado em sua carreira, Massa poderia ser o chamariz que falta para que a montadora consiga atrair pessoal para o seu staff.

Mudança de Massa para a Renault seria boa pros dois lados (Foto: Getty Images)

No momento, nenhuma outra equipe parece ser um caminho viável para Massa, que vive o dilema de seguir cozinhando o galo numa Williams já estagnada e sem perspectivas de melhoras, ou assumir o papel de líder da Renault consciente de que vai descer um degrau na carreira, mas com a possibilidade de subir vários nos próximos anos.

 A busca por uma vida fora da F1, que existe e é bem próspera, por hora seria injusta na carreira do brasileiro, que ainda tem muita lenha para queimar na principal categoria do automobilismo mundial.