Com dinheiro da família Stroll, Racing Point vê nova fábrica como forma de deixar de ser “equipe menor”

Nova fábrica, mais espaço, novos funcionários. A Racing Point tem planos que, apesar de ainda distantes da realidade, permitem sonhar com o “próximo passo” na F1. A equipe, de posse de Lawrence Stroll, quer avançar em 2020 e 2021

A Racing Point ainda tem chão pela frente até se tornar uma grande equipe da Fórmula 1, mas já tem um planejamento de longo prazo. A antiga Force India, agora com Lawrence Stroll como dono, dá passos como o anúncio da construção de uma nova fábrica nas redondezas de Silverstone, movimento impensável na gestão Vijay Mallya. Para Otmar Szafnauer, chefe da escuderia, o objetivo é claro: não dá para sonhar com voos mais altos com uma das menores estruturas da categoria.
 
De acordo com Szafnauer, a Racing Point tem aproximadamente 400 funcionários. O número é baixo para os padrões da F1 e atualmente não pode aumentar – simplesmente não há espaço suficiente em Silverstone para novos funcionários.
 
“O que nós sabemos é que o prédio que nós temos, as pessoas que temos, isso é muito pouco”, disse Szafnauer em entrevista acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO. “Não sabemos é se vamos precisar de um novo túnel de vento, por exemplo, mas nós compramos terreno suficiente para nos expandir conforme as necessidades, de acordo com o regulamento. Nós já temos alguma noção de como 2021 vai ser, mesmo com um teto orçamentário. Mesmo que tenhamos um teto orçamentário, de que tanto se fala, ainda vamos precisar de mais espaço”, seguiu.
 
“Hoje nós temos umas 300 pessoas [em uma parte da fábrica] e 100 em outra. A gente não consegue alocar muito mais do que 350 no que temos agora, e já temos 425. Mesmo que a gente siga com o mesmo tamanho, precisamos de um novo prédio. Alguém me disse que, do ponto de vista de recursos humanos, somos provavelmente a segunda menor equipe. A Haas tem menos gente, mas gasta mais dinheiro. Então do ponto de vista do orçamento ainda temos pouco e do ponto de vista das pessoas nós somos a segunda menor”, considerou.
A Racing Point tem planos claros para o futuro (Foto: Racing Point)

O comentário de Szafnauer a respeito do pouco orçamento se explica com a mentalidade da Racing Point. Apesar do investimento da família Stroll, o objetivo não era dar grandes passos já em 2019. Isso fica claro no fato de que a equipe nem tem peças sobressalentes da pré-temporada em Barcelona Esses passos grandiosos ficam para 2020 e, dependendo do que o novo regulamento reservar, 2021.

 
“2021 ainda está muito distante e as regras ainda não foram definidas. A F1 ainda está definindo as regras”, comentou Andy Green, diretor-técnico, sobre o foco de investimento da equipe. “Nós ainda somos uma equipe relativamente pequena e não temos muito recursos para pensar muito adiante, mas 2020 é um carro que queremos fazer melhor para dar um grande passo. Queremos usar nosso investimento para dar o próximo passo”, apontou.
 
O carro de 2020 ainda vai nascer na fábrica antiga. É só de 2021 em diante que a Racing Point vai conseguir tirar proveito do espaço extra e do aumento de funcionários. 
 
“Vai levar uns dois ou três anos, provavelmente dois, e aí vamos nos mudar para lá”, afirmou Szafnauer. “É logo ao lado [da fábrica atual]. Estamos pensando nos planos agora, mas temos um processo de seis meses até dar todos os passos necessários", seguiu.

"Agora compramos os 27 acres que existem ao redor. Silverstone está na frente e nós temos todo o terreno entre essa estrada, essa estrada e essa estrada", comentou, apontando com os dedos o posicionamento das vias. "[A fábrica] não fica exatamente no meio, mas fica dentro desses 27 acres. Agora temos 38 acres de terreno”, encerrou.

GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ a pré-temporada da F1 em Barcelona com os repórteres Evelyn Guimarães, Vitor Fazio, Eric Calduch e o fotógrafo Xavi Bonilla. Acompanhe tudo aqui.

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